Recibela inicia trabalho no aterro

Recicladores da associação estiveram no aterro ontem para conhecer o local e hoje começam a fazer a triagem

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Redação ON

A estimativa da Secretaria do Meio Ambiente é de que cerca de 30% do que é depositado no aterro sanitário possa ser separado e vendido como para reciclagem, o que, a partir de agora, poderá gerar renda para os recicladores da Associação do Parque Bela Vista. A Recibela, nome dado à associação, reúne cerca de 60 recicladores, que antes trabalhavam recolhendo esse tipo de material nas ruas.

Ontem, os associados estiveram no aterro sanitário acompanhados por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, integrantes da Cáritas, do projeto TransformAção e por funcionários da empresa responsável pela administração do local. Na oportunidade, os recicladores conheceram o local de trabalho e tiveram explicações de como funciona o sistema do aterro. A ideia é de que a partir de hoje os associados comecem a fazer a triagem do material antes que ele seja depositado nas células. Assim, tudo que puder ser reciclado será separado e posteriormente vendido, gerando renda para os recicladores.
Para o início dos trabalhos, o Conselho Municipal de Meio Ambiente destinou R$ 62,4 mil à associação. "Além de começarmos a ter um trabalho mais eficiente na triagem, o convênio é uma questão social, uma vez que os associados da Recibela terão melhores condições de vida", destaca o secretário do Meio Ambiente, Clóvis Alves. Com o trabalho sendo feito na esteira do aterro, os recicladores não estarão mais sujeitos às intempéries, o que acontecia quando buscavam o material reciclável com carrinhos pelas ruas. Além disso, os trabalhadores terão seguro de vida e equipamentos de proteção individual.

Mais do que vantagens para a associação, o trabalho de triagem trará vantagens para o município. Isso por que o convênio vai possibilitar menor custo para o município na manutenção das células e no gasto com o destino final do resíduo orgânico. De acordo com Alves, o município terá de pagar um determinado valor pela destinação final de cada tonelada de resíduo sólido.

Para o presidente da associação, Fabiano Rossin, além da geração de renda, a Recibela terá uma importante contribuição para a preservação do meio ambiente. "Agora temos trabalho, vamos poder melhorar nossas condições de vida", destaca.

Melhores condições

Começando agora com o trabalho no aterro, os recicladores já estarão ambientados quando o sistema de coleta do lixo for alterado na cidade. Com a implantação dos contêineres, a ideia é de que o material já chegue separado em seco e orgânico, facilitando ainda mais a triagem. Outra vantagem será a possibilidade de que uma quantidade ainda maior de material possa ser destinada à venda pelos associados.

No aterro, além da esteira para a separação do material, existe a prensa, em que o material pode ser separado em fardos, o que aumenta o valor final de venda.

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