Casas populares beneficiarão mulheres chefes de família

Cerca de 70% dos inscritos em um projeto com 135 casas populares no Loteamento Leonardo Ilha são jovens mulheres chefes de famílias

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Natália Fávero/ON

O projeto habitacional que prevê 135 casas populares no Loteamento Leonardo Ilha está sendo coordenado pelo Grupo de Mulheres Unidos Venceremos. Os recursos poderão ser acessados por meio do Crédito Solidário, do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. A modalidade permite que as organizações sem fins lucrativos coordenem os projetos sem que haja necessidade de passar pela Secretaria de Habitação. Cerca de 70% dos inscritos são mulheres entre 22 e 25 anos, que já possuem filhos e são chefes de família.

A área de 5 hectares estava à venda por R$ 550 mil no ano passado. O grupo de mulheres negociou com a Caixa Econômica Federal, que autorizou a aquisição do local por meio do programa Minha Casa Minha Vida. Para garantir a compra, cada beneficiário pagou R$ 250, totalizando R$ 27 mil, ao proprietário do terreno para sinalizar o negócio. Um contrato de compra foi feito em nome do grupo de mulheres que ficou responsável pela execução do projeto habitacional.

Segundo a coordenadora do grupo, Jozelina Garzão, os documentos de todos os inscritos e o projeto técnico deverão ser protocolados oficialmente hoje na Caixa. Depois que a análise for feita, os beneficiários serão chamados para a assinatura do contrato. "A nossa perspectiva é de que em dois meses a Caixa faça essa análise e então as obras possam iniciar", explicou Jozelina.

O Grupo de Mulheres Unidos Venceremos tem como finalidade melhorar a qualidade de vida das pessoas, principalmente das mulheres, e por isso está engajado em elaborar os projetos habitacionais. A preferência para o cadastro das moradias foi para mulheres jovens com filhos, para idosos e portadores de necessidades especiais.

Como o financiamento será pago
Cada imóvel está avaliado em R$ 41 mil e terão 46 metros quadrados. Os inscritos pagarão o financiamento com 10% da renda bruta mensal durante dez anos. Nesse período, o beneficiário não poderá vender ou alugar o imóvel. Jozelina disse que caso a Caixa Econômica não aprove o projeto, o dinheiro pago para sinalizar a compra será devolvido aos inscritos, conforme acertado em assembleia e registrado em ata.

Benefícios que a entidade receberá
Jozelina informou que eles já coordenaram dois projetos habitacionais e agora estão autorizados pelo Ministério das Cidades a elaborar projetos para até 500 moradias. A coordenadora explicou que um percentual que será pago pelos beneficiários à Caixa Econômica Federal será repassado à organização que está coordenando o projeto. "É um percentual pequeno, mas é uma forma da entidade obter renda e se manter", explicou a coordenadora.

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