Fundo Diocesano completa 11 anos e presta contas

Números de arrecadação durante a Campanha da Fraternidade 2010 também foram divulgados na manhã de ontem

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Leonardo Andreoli/ON

Apoiar pequenos projetos sociais a fim de estimular novas iniciativas. Esta é uma das propostas do Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) que nesse mês completa 11 anos. Na manhã de ontem, representantes da entidade apresentaram um balanço geral do período de atuação. Na oportunidade também foram expostos os números finais da arrecadação na Campanha da Fraternidade (CF) 2010.

A CF 2010 teve como tema “A economia a serviço da vida”. Na avaliação de Don Ercílio Simon o objetivo é colaborar para que isso aconteça de fato. “Temos consciência de que isso não resolve o problema do mundo, mas são pequenos gestos em que nós educamos o povo para o serviço da vida”, destaca.Neste ano foram arrecadados R$ 59.025,40 em todas as cidades abrangidas pela Diocese de Passo Fundo. Parte desse valor será destinado a Regional da CNBB em Porto Alegre (R$ 5.902,54). Para o Fundo Nacional da Solidariedade serão encaminhados R$ 23.610,16. Para o FDS ficarão 27.430,68. Além disso, 2.082,02 serão aplicados diretamente em projetos nas paróquias.

Fundo Diocesano
Criado em 2000, o Fundo Diocesano de Solidariedade foi criado para promover a solidariedade e a cidadania, através do apoio a sinais concretos de transformação social. Até julho deste ano já foram beneficiados 125 projetos que envolveram mais de 18 mil pessoas. Nos 125 projetos apoiados desde 2010 a FDS investiu mais de R$ 255 mil, com o apoio de outras entidades, e do Fundo Nacional de Solidariedade. Conforme o representante do FDS, Luiz Costela, todos os projetos recebidos são avaliados antes da liberação do recurso. A cada ano são beneficiados entre 12 e 15 programas. Cada um deles recebe aproximadamente o valor de cinco salários mínimos. Além disso, cada ano é escolhido um projeto como “Gesto Concreto”, que recebe um auxílio no valor de dez salários mínimos. “Os projetos não são grandes. Eles querem ser sinais para provocar solidariedade, projetos e processos dentro da comunidade”, completa. Neste ano o projeto escolhido para ser o Gesto Concreto da campanha foi a Associação de Mulheres Amigas da Vila (Amave), da vila Donária.

Amave

A Amave conta atualmente com a participação de 11 mulheres, em projetos de reciclagem de papel e de costura. Segundo a coordenadora, Maria Isabel Teixeira, o valor recebido do FDS é aplicado na qualificação profissional das associadas. “Queremos aprimorar esse trabalho e realizar cursos profissionalizante para as mulheres na área da costura. Aos poucos tentamos qualificar e dar um meio de vida melhor para as pessoas”, afirma. Caixas de leite, de sabão em pó e outros tipos de embalagem que antes iam para o lixo hoje geram renda para as integrantes da associação.

As mulheres trabalham com o papel reciclado na segunda, quarta e sexta-feira. Na quinta-feira funciona o grupo de costura, que está se formando ainda. Tudo na garagem da casa da coordenadora. Para a manutenção do projeto a ajuda da comunidade é fundamental. Tanto na compra do que é produzido, como na doação de materiais recicláveis. A Amave aceita encomendas de cartões e de blocos de papel reciclado. As empresas ou entidades interessadas em adquirir cartões ou blocos podem entrar em contato com a Amave pelo telefone 8131-2479.

Além da Amave o FDS já auxiliou neste ano a Cotraempo, o Encontro de Jovens Católicos, um curso de Qualificação para o trabalho doméstico, direitos e obrigações - que vai formar 60 empregadas domésticas -, e a Apae de Sarandi.

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