HSVP testa novo medicamento contra Gripe H1N1

Pacientes graves da doença podem participar da pesquisa. Novo tratamento mantém o uso de osteomalvir (tamiflu)

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Daniela Wiethölter/ON

O Hospital São Vicente de Paulo é o único centro de saúde do interior do Estado a participar de uma pesquisa para o uso de um novo medicamento no combate a gripe H1N1. A pesquisa, que tem a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Passo Fundo, será realizada somente em doentes em estado grave internados no HSVP que apresentarem os sintomas típicos da doença, como febre acima dos 38 graus, dor muscular, falta de ar, tosse improdutiva e dor de garganta sem a presença de placas. A pesquisa prevê a aplicação do medicamento ou de placebo, mas mantém o tratamento tradicional, que ministra o osteomalvir, mais conhecido como Tamiflu.

Segundo o diretor médico do hospital, Julio Stobbe, a droga será ministrada somente com a concordância do paciente, mas como até o momento nenhuma pessoa apresentou sintomas graves da gripe, o medicamento ainda não foi testado. “Felizmente ainda não tivemos nenhum caso confirmado e grave, mas se tivermos, o paciente poderá testar o novo remédio”, explicou.

O medicamento inibe a enzima neuraminidase, contida no vírus. O tratamento é injetável e realizado durante uma semana, sendo monitorado durante todo o tratamento no hospital. “Sem a ajuda da neuraminidase, o vírus não entra nas células e, portanto, não se multiplica”, relatou o médico que afirma que o medicamento é seguro. “A droga já foi usada no Japão em 2009 e os resultados foram muito positivos”, finalizou. O remédio, cujo nome e laboratório não pode ser divulgado, já foi aprovado Departamento de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos e será testado, além do HSVP, em três hospitais referência no tratamento da doença da capital: Clínicas, Conceição e PUC. Podem participar homens e mulheres acima de 12 anos que apresentarem sintomas da doença até 72 horas. A pesquisa exclui pacientes que tenham ingerido antigripais nos últimos sete dias, cardiopatias severas, insuficiência renal, transplantados, portadores de HIV e gestantes.

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