Sindicância das passagens será remetida ao Ministério Público

Após um ano e meio de investigações, um servidor foi isento e outro responsabilizado pelo envolvimento no desvio de vales-transporte da Coordenadoria das Associações de Bairros

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Redação ON

O relatório final da sindicância que apurou denúncias de irregularidades na distribuição de vales-transporte realizada pela antiga Coordenadoria das Associações de Bairros (CAB), foi encerrado com a isenção de um dos suspeitos e a responsabilização de outro. O documento, que foi analisado pelo prefeito Airton Dipp, será encaminhado nos próximos dias para apreciação da Câmara de Vereadores e análise do Ministério Público Estadual.
De acordo com o prefeito, a denúncia de desvio, feita em janeiro do ano passado pela União das Associações de Moradores de Passo Fundo (Uampaf), foi analisada por duas comissões na prefeitura, uma especial, criada exclusivamente para o caso, e outra permanente. A primeira teria apontado, no início do processo investigativo, o envolvimento de dois, dos 10 funcionários do CAB na época. Um deles inclusive foi exonerado do cargo dias depois. O outro chegou a ser indiciado, mas recorreu junto a Procuradoria Geral do Município, que encaminhou o processo para a segunda comissão. Esta, por sua vez, não encontrou indícios de envolvimento do segundo suspeito na fraude, tendo o mesmo sido isento de responsabilidade.
Diante do que foi apurado, informou o prefeito Airton Dipp,  os relatórios foram acolhidos com as respectivas observações, devendo ser encaminhadas cópias integrais de todo o processo para a Câmara de Vereadores e Ministério Público para conhecimento.

Entenda o caso
Em janeiro do ano passado, a Uampaf denunciou a possibilidade de apropriação indevida de vales-transporte destinados aos presidentes das associações de moradores. As passagens eram liberadas, mensalmente, aos mais de 80 presidentes por meio do CAB. Porém, nem todos retiravam o benefício, e com isso sobravam vales-transporte todos os meses. No mês seguinte, era distribuído novamente o mesmo número de passagens para todos os presidentes.
A destinação dos vales que sobravam foi o ponto questionado pela Uampaf. Segundo apontou a associação, em apenas um mês, das quase 90 associações de moradores, apenas 50 foram retirar os vales, e as 40 passagens restantes simplesmente sumiram. O problema teria sido constatado durante todo o ano de 2008.
Logo após a denúncia, o coordenador do CAB à época, Alexsandro Camargo, foi exonerado do cargo. Atualmente, a forma de distribuição de passagens foi alterada pela Uampaf. Só pode receber os vales o presidente de associação que estiver presente nas reuniões da associação.

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