Atendimento aumenta 40% em emergências

Queda da temperatura nos últimos dias lotou emergência das instituições de saúde

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Glenda Mendes/ON

Queda na temperatura e dias de frio intenso são praticamente sinônimos de aumento do atendimento nos setores de saúde. E nos últimos dias não foi diferente. Somente na emergência do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), por exemplo, o aumenta da procura foi de 40%.
O percentual foi levantado pelo chefe da emergência e vice-diretor médico do HSVP, Julio Stobbe. De acordo com ele, os mais atingidos são as crianças e os idosos. “Os principais problemas nessa época são as descompensações respiratórias e as doenças cardiovasculares. Os mais acometidos pelas doenças respiratórias são as crianças e idosos e as cardiovasculares atingem um maior número de idosos”, explica Stobbe.
Entretanto, este ano, pela não ocorrência de uma nova pandemia de gripe A, o atendimento das emergências pode ser mais bem organizado. “Uma das coisas que ajudou a não ocorrer uma nova epidemia da gripe a foi a vacinação. Isso comprova a importância de se fazer a profilaxia de vacinas. Outro fator importante é manter um sistema de agasalho adequado, porque na medida em que há exposição ao frio, a gente acaba aumentando a quantidade de secreção na via aérea, o que altera os mecanismos de defesa do organismo. Com isso, a pessoa acaba tendo uma predisposição ao desenvolvimento de doenças infecciosas como, por exemplo, as pneumonias, as sinusites, as laringites”, salienta o médico.

Mudanças bruscas
Quando o período é de mudanças bruscas na temperatura, o cuidado em manter-se agasalhado deve ser ainda maior. Isso, porque o prejuízo ao organismo, quando a temperatura cai e se eleva em pouco espaço de tempo, é mais difícil ocorrer uma adaptação. “Quando as mudanças de clima e temperatura acontecem de forma muito brusca, não dá tempo de ocorrer a adaptação fisiológica e isso acaba fazendo com que aquelas pessoas que tem predisposição a doenças crônicas acabam se descompensando”, enfatiza Stobbe.

Atendimento médico
Apesar de ser um dos recursos mais procurados, nem sempre a emergência hospitalar é o local mais adequado para buscar atendimento nos casos de problemas respiratórios. “Dos pacientes que procuram a emergência, mais de 90% são liberados, então corroborando com a idéia de que não são casos que necessitariam avaliação em hospitais de alta complexidade como o São Vicente”, exemplifica Stobbe.
Segundo o médico, estas pessoas deveriam primeiro procurar o atendimento na saúde básica, num hospital de complexidade menor ou mesmo os postos de saúde, “se o médico que fizer o atendimentos nestes locais considerar que existe a necessidade de encaminhar para o hospital aí sim, pois já teve um médico que avaliou e viu que era grave e que precisava de hospital. Este seria o fluxo certo”, completa.

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