Reforma da Capitão Jovino está parada há três meses

Prazo para conclusão das obras encerrou há 20 dias. Empresa alega que não pode iniciar os trabalhos enquanto a prefeitura não decidir o que fazer com o chafariz

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Daniela Wiethölter/ON

A praça Capitão Jovino já foi cenário de festas religiosas e populares, local de brincadeiras de crianças e de encontro de amigos. No entanto, nos últimos meses está totalmente abandonada e vítima de um impasse entre a prefeitura e a empresa responsável pelas reformas. Em março deste ano, a comunidade local até comemorou quando o município anunciou o início das obras de remodelação e modernização do local, mas após cinco meses somente o calçamento foi arrancado, transformando os caminhos da praça em estradas barrentas, impossibilitando totalmente o uso.
A denúncia chegou à reportagem de ON através de uma ligação de um comerciante local. "Já era para estar tudo pronto, mas até agora só o calçamento foi arrancado e as pedras empilhadas. As chuvas acabaram transformando os caminhos em puro barro. Ninguém passa mais por lá. O prazo já terminou e a prefeitura não faz nada", disse.
Para as reformas na praça foram destinados R$ R$ 234 mil, verba de emenda parlamentar do deputado federal Beto Albuquerque, e mais uma contrapartida do município. O projeto previa a substituição de bancos e do calçamento nos passeios públicos, serviços que ficaram a cargo da empresa vencedora da licitação, Construtora Britadeira Farroupilha, que teria 120 dias para realizar os trabalhos, a contar do dia da assinatura do contrato, 15 de março.
Nestes meses, a prefeitura realizou algumas obras na praça, como a terraplanagem dos passeios públicos para o nivelamento do terreno, mas as máquinas acabaram atingindo a fiação elétrica subterrânea e também os encanamentos de água. Com o problema, a praça ficou às escuras por quase 15 dias.
No restante das obras, nada foi feito. O prazo para a empresa realizar as obras encerrou no dia 15 de julho, mas, segundo o proprietário da empresa, Neri Fuchs, a construtora só conseguiu trabalhar 15 dias e os trabalhos estão parados desde o início de abril. O motivo, segundo ele, seria o destino do chafariz, localizado no centro da praça. "Eles já fizeram mais de uma dezena de reuniões e não decidiram o que fazer com o chafariz. Eu não posso dar andamento às obras enquanto não reformarem ou retirarem o chafariz", afirmou.
Segundo a engenheira da Secretaria de Transporte, Mobilidade Urbana e Segurança, que administra as obras, Gislaine Mello Alves, a secretaria está estudando o destino do chafariz, mas ela afirma que esta decisão não interfere no andamento da obra. "Estamos estudando se o chafariz será retirado ou reformado, mas isso será feito posteriormente e independente da atual reforma da praça. A engenheira explicou que o impasse seria definido em uma reunião, que foi adiada após a exoneração do titular da pasta, no início desta semana.
A reunião aconteceria com a presença da Associação Amigos da Praça, entidade formada por moradores e comerciantes da região, que pretende adotar formalmente a praça após a finalização das reformas. Segundo o presidente, Eduardo Capellari, a adoção é independente das atuais reformas. "Nós queremos fazer investimentos no local, mas somente após esta empresa terminar o que tem de ser feito", disse. A entidade pretende trocar as lâmpadas de iluminação, os brinquedos, reformar os banheiros e estuda a aquisição de um novo chafariz. Túneis da literatura e até um ponto de leitura também estão no projeto final, dentro das atividades da Capital Nacional da Literatura.

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