Na busca por mais atenção

Glenda Mendes/ON

Atenção, adaptação e inclusão é o que procuram as pessoas portadoras de deficiência. E para colocar no papel e encaminhar demandas e propostas para que possam se tornar políticas públicas, o Compede (Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência), em parceria com outras entidades, realizou uma conferência para debater e definir as propostas.
Para tanto, as demandas foram divididas em diversas áreas para as quais foram destinados grupos de trabalho. Cada um dos grupos debateu as principais necessidades das pessoas portadoras de necessidades especiais para então definir as demandas. As áreas debatidas foram educação, assistência social, mercado de trabalho, saúde, esporte, turismo e lazer.

Educação
Na área da educação, o grupo elaborou como propostas a disponibilidade de material adaptado para cegos, intérprete em todas as classes que tenham alunos surdos, escola que trabalhe como um todo na inclusão, necessidade de qualificação e conscientização da comunidade escolar, trabalho realizado pela escola com a família para a aceitação da deficiência do filho com informações sobre as potencialidades das pessoas com deficiência, formação continuada para comunidade escolar, reformulação da estrutura das escolas, criação e implantação da escola bilíngue Libras/português, criação do cargo de professor de língua de sinais para professores qualificados e usuários nativos da língua, criação do cargo de tradutor Libras, criação de cursos de capacitação de tradutores de Libras e criação de cursos de qualificação para atuar na área da deficiência visual.

Assistência social e mercado de trabalho
Garantia de benefícios sociais para os portadores de deficiência que desempenhem a tarefa de estagiários até que sejam efetivados é uma das demandas apresentadas pelo grupo de trabalho que debateu a assistência social e mercado de trabalho. Também foram listados o aproveitamento das habilidades e potencialidades já desenvolvidas pela pessoa com deficiência, promoção da reabilitação, no caso dela não se adaptar à primeira atividade desempenhada dentro da empresa, fiscalização do cumprimento das leis, disponibilização de um profissional especializado de Libras e capacitação para a linguagem para os demais funcionários, definição de um fundo municipal e definição de um orçamento específico para a assistência social desse público.

Saúde
Na área da saúde, as propostas foram no sentido da necessidade de intérprete de Libras nos órgão da saúde, qualificação de profissionais que atendam as pessoas com deficiência, respeito às normas do Sistema Único de Saúde, disponibilidade de profissionais que atendam as pessoas com deficiência, com maior urgência, cumprimento da Constituição Federal, prioridade no atendimento médico, adoção dos fitoterápicos para tratamento e prevenção da saúde pública, atendimento básico nos postos de saúde e implantação de uma central de saúde.

Esporte, turismo e lazer
Nos temas esporte, turismo e lazer, o grupo de trabalho definiu as seguintes demandas: inclusão do esporte na educação como forma de habilitação e reabilitação, construção de locais de lazer e esporte destinados às pessoas com necessidades especiais, construção do centro esportivo de lazer e cultural adaptado, com vistas a preparar os usuários para as atividades do esporte olímpico, com acesso a ações recreativas, culturais, artísticas, com ênfase ao mercado de trabalho e a qualidade de vida, elaboração de projetos dos recursos do BID que sejam contemplados com as previsões legais previstas na legislação no aspecto da acessibilidade e acompanhados pelo Compede; profissionais capacitados para as escolas de educação especial, legendas mais elaboradas para que os surdos tenham maior acesso aos programas televisivos durante todo o dia, ocupação do ginásio Teixeirinha e demais espaços da cidade adaptados para os deficientes físicos, podendo ser um espaço de referência, necessidade de materiais especiais para esporte bem como locais apropriados para desenvolver atividades, especialmente no esporte, efetivação das leis de garantia de acesso do passe livre nos coletivos urbanos para o acesso à escola de educação especial, maior inserção na sociedade, havendo assim maior inclusão social.