Nova diretoria quer resgatar credibilidade da Apae

Os novos integrantes da diretoria da Apae têm o compromisso de resgatar o nome da entidade que é alvo de denúncias constantes há dois anos. As denúncias provocaram queda de 30% nas arrecadações

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Natália Fávero/ON

A primeira tarefa da nova diretoria da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) é resgatar a credibilidade da entidade e ampliar a arrecadação que caiu 30% nos últimos meses. Desde 2008, a associação está sofrendo constantes denúncias de irregularidades administrativas que ainda estão sendo investigadas pelo Ministério Público. Desde a última denúncia, que aconteceu no início do mês passado, o órgão está sob intervenção da Federação das Apaes do Estado do Rio Grande do Sul. A atitude é para reestruturar a entidade. A presidente Silvia de Oliveira Portillo disse que está motivada a abrir as portas para a comunidade conhecer os trabalhos e as ações que a Apae desenvolve.

A entidade que tem cerca de 380 alunos e 43 anos de história apelou para a federação intervir e encontrar soluções para a dificuldade de administrar depois das denúncias. Na segunda-feira (9), uma nova diretoria, que abrange 13 cargos, composta por 17 voluntários que já atuaram em trabalhos sociais na cidade tomou posse. A presidente Silvia de Oliveira Portillo tem 49 anos e atuou por dez anos nos vicentinos. Há 21 anos ela atua na Justiça do Trabalho.

Portillo informou que eles estão analisando a situação da entidade e o primeiro compromisso será trabalhar para recuperar a credibilidade da Apae. "Vamos buscar apoio da comunidade e dos veículos de comunicação. Abriremos as portas para a sociedade conhecer o nosso trabalho", informou Silvia.

Em relação ao desafio aceito pela presidente, de elevar o nome da entidade, Silvia disse que a responsabilidade é grande. "Tem de ter muita coragem para assumir a Apae neste momento difícil. Estou quase me aposentando, mas estou motivada e na minha vida sempre me propus a fazer a diferença", declarou a presidente.

Doações caíram 30%
Após as denúncias, as doações diminuíram em torno de 30%. "Será um trabalho a longo prazo para restabelecer a credibilidade da Apae. Estou preocupada com a queda na arrecadação. Mas vamos conseguir resgatar o nome da entidade", afirmou Portillo. Para isso, serão feitas campanhas, a integração com a comunidade e busca de voluntários. A missão é tornar a Apae o mais transparente possível.

A internet servirá de ferramenta para essa visualização das atividades. A comunidade poderá acompanhar no endereço eletrônico www.apaepassofundo.org.br todas as doações recebidas e as ações realizadas pela entidade.
A presidente ressaltou a importância de as pessoas continuarem a ajudar a Apae, porque a entidade está precisando de reformas e manutenção. A direção deverá se reunir nesta semana para conversar sobre as projeções e sobre os prejuízos que essa redução de recurso provocará nos serviços prestados.

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