Monitores garantem funcionamento de laboratórios

Curso vai formar jovens da rede estadual e resolver problema de falta de instrutores

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Texto e fotos: Daniela Wiethölter/ON

Um problema muito comum na rede estadual de ensino pode estar próximo de ser resolvido. A promessa do governo é que não haverá mais salas de informática fechadas, equipamentos quebrados e empoeirados ou alunos que se perdem em meio aos comandos básicos do computador. Problemas enfrentados, por exemplo, na Escola Estadual Adelino Pereira Simões, no bairro Nonoai, que possui dois laboratórios de informática que estão sem uso desde o início do ano letivo por falta de monitores, professores ou servidores responsáveis pela manutenção e organização das atividades nas salas.

Segundo o diretor da escola, Rubens Luft, não foi por falta de equipamentos ou de infraestrutura que as salas não estão sendo utilizadas, e sim por que sem um professor ou funcionário no laboratório, ficou inviável o uso. Um dos espaços é totalmente novo, montado há apenas duas semanas com recursos do governo federal. O outro, que já tem três anos, conta com 23 computadores praticamente novos e acesso à internet e programas pedagógicos instalados. "Não dá tempo para o professor preparar a sala antes do início da aula, ligar os computadores, abrir os programas e atender as dúvidas de cada aluno", afirmou.

Além de disponibilizar monitores para os laboratórios, o programa Jovem Digital também tem como objetivo formar jovens do ensino médio para o mercado de trabalho. Segundo a coordenadora do Núcleo de Tecnologia da Educação, Rosemari Stangler, os cursos de informática começaram no dia 9 de agosto e 60 alunos de diversas escolas estaduais já começam na semana que a fazer a monitoria nos laboratórios das escolas. "Agora as escolas poderão contar com um monitor para auxiliar nas aulas e também para incentivar os próprios colegas a conhecer as ferramentas da informática. Além disso, eles estarão aptos a identificar problemas técnicos e, dependendo da complexidade, até resolvê-los", explicou.

A parte teórica é repassada na sede do Núcleo de Tecnologia da Educação e é uma parceria do Estado com a Microsoft, Cisco e Intel. Os estudantes recebem uma ajuda de custo de R$ 150, mas precisam frequentar as aulas em três períodos durante a semana e fazer mais um período como monitor na escola em que estuda ou na mais próxima da sua casa. No final do ano, os que se destacarem poderão ainda escolher mais um módulo, que poderá ser de construção de site, jogos ou ainda de robótica.

Para o diretor, a alternativa encontrada pelo governo é inteligente. "Ao mesmo tempo que ajuda a escola também prepara os alunos para o mercado de trabalho", disse Luft.

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