Ação coletiva contra a Minuano

Os cerca de cem funcionários demitidos da empresa na semana passada entrarão na Justiça para garantir o pagamento das verbas rescisórias. O Ministério do Trabalho está acompanhando o caso

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Natália Fávero/ON

Os trabalhadores da Minuano demitidos no último dia 16 de agosto decidiram entrar com uma ação coletiva na Justiça do Trabalho para conseguir receber o pagamento das rescisões dos contratos. A decisão foi tomada em assembleia da categoria, na manhã de ontem, realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentos de Passo Fundo. A passeata que estava prevista para acontecer logo após o encontro foi cancelada. A categoria também optou por não homologar as rescisões sem antes receber os seus direitos.

Segundo o presidente do sindicato, Miguel Luis dos Santos, os representantes da empresa que foram até o sindicato para homologar as rescisões informaram que a Minuano não teria condições de efetuar o pagamento nesse momento. "No ato em que acontece a homologação, a empresa precisa fazer o pagamento, como isso não aconteceu, os funcionários optaram por não assinar", disse Santos.

Além disso, os trabalhadores alegam que o depósito do fundo de garantia está atrasado há cerca de seis meses.

Acompanhamento
A gerente regional do Trabalho em Passo Fundo, Laura Elena do Amaral Mattos, informou que o sindicato apresentou uma denúncia, onde constava que a empresa Minuano pretendia fazer um pagamento parcelado das verbas rescisórias. A partir disso, foi aberto um processo de fiscalização. Os ficais estiveram na empresa e informaram a ilegalidade deste procedimento, já que, este pagamento deve ser feito na sua totalidade e no ato da homologação. A empresa foi notificada e documentos foram solicitados. Caso a Minuano não efetue o pagamento no prazo exigido por lei, ela deverá ser autuada. "Estamos acompanhando a situação e tomando as medidas cabíveis. A Justiça do Trabalho é quem deverá definir a obrigatoriedade do pagamento", explicou Laura.

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