Glenda Mendes/ON
Em greve desde o dia 17 de agosto, os médicos-residentes de todo o país pedem reajuste no valor da bolsa-auxílio em 37,8%. A paralisação continua em nível nacional, com manifestações, passeatas e mobilizações. Entretanto, os 99 médicos-residentes do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) voltam hoje ao trabalho. Isso, porque fizeram um acordo com a direção da instituição, onde conseguiram reajuste de 20,5% e mais benefício de 10%. "Conversamos na noite de segunda-feira com a direção do hospital e chegamos a uma proposta que parecia interessante. Hoje (23) pela manhã, levamos a proposta para assembleia e foi aceita. Decidimos então retornar às atividades no Hospital São Vicente, mas nacionalmente continua a greve, assim como no Hospital da Cidade", conforme explica Leonardo Winkelmann, residente do HSVP.
De acordo com ele, a Santa Casa de Rio Grande também retorna às atividades com a garantia de um reajuste de 38,7%. No HSVP, o reajuste conseguido foi de 20,5%, mas com algumas garantias. "O acordo foi pelo reajuste de 20,5% que eles já tinham oferecido anteriormente, e um benefício de 10% em cima desse resultado. Este pagamento será retroativo ao mês de agosto, e não vai ser necessário repor o tempo de greve e nem serão abatidos os dias de paralisação da bolsa-auxílio. Além disso, caso o piso nacional fique superior aos 20,5%, a gente recebe o aumento nacional e mantém os 10% de benefício. Caso a bolsa nacional venha com um valor mais baixo, a gente mantém a bolsa nesse patamar de hoje", explica Winklemann.