Muzar: 35 anos de história

Museu Zoobotânico Augusto Ruschi completou em agosto 35 anos de existência e interação com a comunidade de Passo Fundo

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Redação/ON

Um espaço dedicado a apresentar, preservar, interagir e ensinar sobre meio ambiente é uma das nuances do Museu Zoobotânico Augusto Ruschi, o Muzar, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo. No dia 25 de agosto, a instituição completou 35 anos de existência. Para comemorar a data, uma das atividades realizadas foi a reunião extraordinária da Assembléia Permanente pela Preservação Ambiental (APPA), o que possibilitou “um momento de formação às lideranças da Assembléia e seus colaboradores”, destaca a diretora do Muzar, Flávia Biondo da Silva. A oportunidade também foi de exibição do Circuito Tela Verde e da abertura da discussão sobre o programa de educação ambiental, a ser realizado pela APPA no próximo ano.

Com a participação do promotor Paulo da Silva Cirne, do secretário municipal do Meio Ambiente Clóvis Alves, e representantes do Fórum Caminho das Águas, Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas, Departamento Estadual de Florestas e Áreas Protegidas/SEMA e Secretaria de Desporto e Cultura e a equipe do Muzar ocorreu um debate importante sobre a questão indígena inter-relacionando a experiência apresentada em vídeo com a realidade do índio da região, “iniciou-se a construção de uma proposta de programa de educação ambiental para integrar o IV Encontro Infanto-Juvenil do Meio Ambiente e o 11º Caminho das Águas, com a formação de professores e o envolvimento das escolas para um processo contínuo de educação ambiental”, destaca Flávia. Além disso, foi promovida uma discussão sobre os desafios da educação ambiental diante da realidade de degradação da natureza, poluição do meio ambiente, distanciamento da formação acadêmica, da realidade local e as dificuldades do sistema de ensino comprometer-se em participar da construção de uma cultura ambiental.

A APPA é um fórum que se reúne mensalmente no Ministério Público Estadual e está aberta para a participação de pessoas e instituições comprometidas com o meio ambiente. A próxima reunião será dia 14 de setembro, às 9 horas.

A história

A maioria dos museus surge de coleções a partir da idealização do colecionador. Foi assim que surgiu o Museu Zoobotânico Augusto Ruschi do Instituto de Ciências Biológicas da UPF. Iniciou as atividades no Campus II, através de um trabalho espontâneo, onde as coletas de material para aulas formavam as coleções, mas elas aumentaram começaram a ser expostas em um final de corredor, que depois passaram para o laboratório.

A relação com a comunidade se intensificou e o Muzar passou a ser alvo na busca de informações pela comunidade estudantil e no intercâmbio com outras instituições pela criação do Herbário RSPF, hoje referência nacional. No novo espaço o museu abriu as portas para a comunidade tornando-se representação da extensão da UPF, como primeiro setor de visitação pública.
No dia 1º de agosto de 1986, durante a realização do III Encontro de Botânicos do RS, em Passo Fundo, foi descerrada a placa do novo nome do museu escolhido pelos alunos do Curso de Ciências Biológicas, Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar), homenageando o grande naturalista brasileiro.

Em 1993, entre achados e perdidos de mudanças políticas educacionais, o Muzar se reestrutura na busca de um mundo museológico maior. O museu conquistou novas dimensões na mudança do térreo para o subsolo do ICB, em 1998. No início do século 21 a contemporaneidade invade o Muzar. Através dos projetos Trilha Perceptiva e Muzar Interativo, envolveu seus visitantes da percepção a virtualidade, construindo novas representações de museu e diferentes possibilidades de construção do conhecimento.

Com o museu organizado e informatizado, partiu para novas relações, realizando parcerias para alcançar o máximo da comunidade e possibilitar maior interação do mundo acadêmico com a sociedade. Deste modo, o Muzar passou a participar de fóruns organizados da sociedade e colaborar na manutenção de programas de atividades de educação ambiental e na discussão de políticas de meio ambiente, cumprindo também seu papel de servir a sociedade e seu desenvolvimento.
Em 2010, abriu as portas para receber a comunidade em nova e exclusiva sede, iniciando novos desafios museológicos e educativos.

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