Primavera chega com flores e pouca chuva

Chuva de quinta-feira (2) foi suficiente para limpar atmosfera e levar fumaça embora

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Glenda Mendes/ON

O fenômeno climático La Niña, que chegou em agosto, deve permanecer durante a primavera, que se inicia oficialmente à 0h09 de 23 de setembro. Isso significa dizer que os próximos meses serão de chuvas abaixo do padrão climatológico. Além disso, para o mês de setembro existe a previsão de temperaturas máximas e mínimas abaixo da média. As informações são da Estação Meteorológica da Embrapa Trigo com base nos boletins do 8º Distrito Meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia.

De acordo com os boletins, no último mês a temperatura na superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial permanece com expansão na área e no sinal das anomalias negativas, ou seja, evolução do La Niña. "Com a expansão dessas anomalias negativas no Pacífico Central e tendência de permanência de sinal, estima-se redução no padrão da chuva para o próximo trimestre: setembro, outubro e novembro", salienta o observador meteorológico da Embrapa Trigo, Ivegndonei Sampaio. Segundo ele, a análise detalhada do modelo indica precipitações um pouco abaixo do padrão climatológico para os próximos meses. Entretanto, para novembro, os modelos indicam chuva bastante abaixo do padrão. "O mês de novembro, conforme este prognóstico, poderá ser o mais crítico. A média é 141,4 milímetros, mas pode chover apenas 50 milímetros", comenta Sampaio.

As temperaturas durante a primavera deverão sofrer grandes variações. Em setembro, elas poderão ficar abaixo do padrão, tanto as máximas quanto as mínimas. Já em outubro, o modelo do Inmet indica temperatura mínima acima, "então teremos manhãs mais quentes e em novembro espera-se variação dentro do padrão climatológico em todo Estado", destaca o observador. No que se refere às temperaturas máximas, as variações serão semelhantes. Para setembro, a tendência é que as temperaturas máximas fiquem abaixo do padrão em todo o Rio Grande do Sul. Já outubro o novembro devem ficar na média histórica.

Previsão
Depois de 18 dias sem chuva, a precipitação chegou de mansinho no final da tarde de quarta-feira (1º). Apesar de não ter acontecido em uma quantidade significativa, já serviu para limpar a atmosfera e levar a fumaça embora. "Desde o dia 19 de agosto vinha predominando massa de ar seco e quente que, associada à fumaça vinda do centro do país em direção ao Rio Grande do Sul, inibia a formação de nuvens ou até mesmo a entrada de áreas de instabilidade na nossa região", ressalta Sampaio. Até as 15h de quinta-feira (2), a chuva havia chegado aos 12 milímetros. "Isso representa 5% da média do mês de setembro, que é de 206,8 milímetros", afirma o observador.

E a precipitação poderá continuar aparecendo hoje (3). "Esta sexta-feira ainda será um dia de céu encoberto, com possibilidade de chuva fraca", avisa. A temperatura mínima deve permanecer nos 16ºC, como foi na quinta-feira, e a máxima pode chegar aos 24ºC com ligeiro declínio à noite.

O sábado (4) deve se iniciar ainda com garoa ou chuva, melhorando no decorrer do período, quando deve acontecer a entrada de uma frente fria. "Nós teremos um declínio acentuado da temperatura, principalmente na madrugada de domingo (5), quando a mínima pode chegar a 5ºC e máxima não passar dos 15ºC", completa. Mas o domingo será de ausência de chuva.

A segunda-feira (6) ainda será de temperatura baixa, com mínima próxima de 5ºC, mas com elevação durante o dia, fazendo com que a máxima possa chegar aos 21ºC. Por outro lado, "devido à frente fria e ao declínio acentuado na temperatura no domingo, não está descartada a possibilidade de geada de fraca intensidade nas partes mais baixas no domingo e na segunda-feira", alerta Sampaio.

Mas o feriadão está garantido com tempo bom. A terça-feira, 7 de setembro, Dia da Independência, terá mínima de 10ºC e máxima de 22ºC e até quarta-feira (8) as temperaturas devem continuar entrando em elevação, mas sem chuva.

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