Novas tecnologias proporcionam maior sanidade na ordenha

Ordenhadeira computadorizada é capaz de identificar problemas de saúde durante o processo de retirada do leite

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Leonardo Andreoli/ON

As exigências sanitárias cada vez mais rigorosas obrigam os produtores de leite a buscar novas tecnologias para atender aos padrões. Além de garantir mais qualidade para o leite e para os seus derivados os agricultores que cumprem as determinações conseguem melhores preços do seu produto. As inovações vão desde o campo até a sala de ordenha. Os equipamentos que antes serviam apenas para retirar o leite dos animais, hoje conseguem registrar e identificar uma série de dados fundamentais para os agricultores.

Na Agrotecno Leite 2010 a empresa Ordemax, de Lajeado, apresenta um equipamento de ordenha inovador. Gelson Penz trabalha no estande da empresa e explica as diferenças em relação a uma ordenhadeira comum. "Toda vaca que está no campo é identificada por um número. Quando ela chega na sala, ele é digitado no equipamento para que os dados possam ser armazenados. Ele mostra o tempo da ordenha, a quantidade de litros produzidos e o pH do leite", destaca.

Com os dados fornecidos do pH na hora da ordenha é possível identificar os animais com sintomas de mastite ainda na fase inicial da doença e proceder ao tratamento. Cada extrator com esta tecnologia custa cerca de R$ 4,5 mil. Um equipamento que apenas extrai o leite custa cerca de R$ 1 mil. Além dos dados fornecidos o sistema agiliza o trabalho.

No computador

Todos os dados coletados são transferidos e armazenados em um computador. O sistema guarda informações de 2,5 mil ordenhas por vaca. "O equipamento foi lançado na Expointer e já vendemos bastante. No primeiro dia de Agrotecno Leite foi vendida uma sala com 10 conjuntos desses para um produtor de Itaqui", comemora Penz. Equipamentos de alta tecnologia são destinados aos grandes produtores, devido ao alto investimento. Uma sala com quatro conjuntos do modelo custa cerca de R$ 40 mil.

Nos próximos anos

A empresa deverá lançar nos próximos anos um novo equipamento que identificará os animais assim que eles chegarem na sala de ordenha, sem a necessidade de se digitar o número dela no painel. "Muitas vezes o animal chega com o brinco de identificação sujo, e o operador não consegue ler", justifica. Outro projeto que está em andamento deverá resolver outro problema dos agricultores: a identificação do cio nos animais. O novo sistema alertará os agricultores do período fértil e do momento para a inseminação artificial.

Para o pequeno produtor

Menores e mais baratos, os equipamentos destinados aos pequenos produtores também evoluíram em tecnologia. Transferidores de pequeno porte permitem que o leite seja transferido do local da ordenha para o resfriador, sem a necessidade de parar o processo. "Você pode colocar até quatro conjuntos. Quando o leite chega às varetas de sensibilidade ele é enviado diretamente para o resfriador sem parar de ordenhar", explica Penz. A lavagem do aparelho é totalmente automatizada. Ele custa cerca de R$ 3 mil. Um modelo mais barato pode ser adquirido por R$ 1,6 mil. As únicas diferenças são a utilização de um tanque de polietileno e a capacidade para dois conjuntos de ordenhadeiras.

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