Glenda Mendes/ON
Desde o mês de agosto, quando foram confirmados casos de sarampo no Estado, os consultórios dos pediatras têm recebido pais preocupados com a possibilidade de um surto da doença. Em alguns casos, os sintomas são mesmo os da doença. Entretanto, segundo a 6ª Coordenadoria Regional de Saúde, nenhum caso foi confirmado até agora. A mesma informação vem da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com Éverton Rosa, coordenador regional de Saúde, não chega a 10 o número de casos suspeitos que estão sendo monitorados. Conforme ele, o quadro de saúde dessas pessoas não está apresentando risco, por isso elas estão sendo monitoradas, pois não existe qualquer caso confirmado da doença na região de abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde.
Para Mara Dill, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, todos os casos suspeitos não estão fugindo da rotina, estando assim dentro da normalidade, o que descarta a possibilidade de um surto da doença. Segundo ela, mesmo sem a confirmação, os casos suspeitos são administrados dentro dos procedimentos, que incluem a vacinação de contenção.
De outro lado, o Ministério da Saúde está anunciando o cumprimento da última etapa para certificação de país livre do sarampo, o que configuraria os casos suspeitos como contaminação fora do país, os chamados casos importados. De acordo com o ministério, a doença teve a última transmissão sustentada no território brasileiro em 2000, o que faz com que o Brasil seja o primeiro país das Américas a entregar relatório para a certificação de eliminação do sarampo.
Vacinação
A vacina contra o sarampo passou a ser utilizada no Brasil em meados da década de 1960, embora sem um plano de continuidade. A doença, introduzida pelos colonizadores na descoberta das Américas, era epidêmica e responsável por elevada mortalidade de crianças, em associação com a desnutrição. Entre 1969 e 1971 era a principal causa de mortalidade em crianças entre um e quatro anos de idade na América Latina, segundo estudo conduzido pela OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde). Na década de 70, no Brasil, a letalidade era de 5% do infectados. A partir dos anos 1990, a estratégia de vacinação ganhou reforço, alcançando coberturas acima de 95% na última década, com a adoção em todo o país da vacina triplice viral para crianças de um ano.
(Fonte: Ministério da Saúde)