Natália Fávero/ON
O PSF da São Cristóvão II não está oferecendo atendimento médico há cerca de 30 dias. A médica que atuava no local pediu exoneração e a Secretaria Municipal de Saúde enfrenta dificuldades na contratação devido a carência de profissionais capacitados para trabalhar com a Saúde da Família que atende crianças, adultos, gestantes e idosos.
Em frente ao PSF os funcionários colocaram um cartaz informando que “não tem médico”. Um dos funcionários informou que a situação perdura há um mês. Conforme informações, diariamente o posto realizava cerca de 30 atendimentos médicos.
O secretário de Saúde, Alberi Grando disse que não há profissionais especializados no momento na rede e a rotatividade desses funcionários é grande. “O médico que trabalha em um PSF deve ter especialização porque precisa estar capacitado para atender qualquer situação desde crianças, idosos a gestantes”, explicou o secretário.
Grando disse que há uma preferência por profissionais que fazem a residência médica em saúde da família, mas não há uma obrigação. O profissional precisa mostrar que sabe atender as diversas demandas. “Estamos em tratativas e provavelmente o médico para esse PSF seja contratado nessa semana”, revelou.
Outro PSF que ficará alguns dias sem médico será o Lava Pés, na Vila União. Segundo Grando, a médica do local também vai pedir exoneração, mas em breve um novo profissional será contratado.
Em Passo Fundo são 23 PSFs. Uma unidade do Programa Saúde da Família, geralmente, é composta por um médico, um dentista, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, agente de saúde e um digitador. Grando ressaltou que mesmo sem a presença do médico, os ambulatórios funcionam porque esses locais desempenham um papel mais voltado para a prevenção e não propriamente para consultas médicas.