Redação/ON
A Secretaria de Transporte, Mobilidade Urbana e Segurança (STMUS), instalou na sexta-feira (3) uma cerca no bairro Victor Issler para separar a praça e a área ocupada pelo morador Ademilson Bento. Ele e a família, ao todo seis pessoas, moram no local ao lado do cercado do parque há quase dois meses. A titular da STMUS, Mariniza dos Santos, afirma que a secretaria vai preservar o espaço público, destinado a recreação de crianças. “A tela vai fechar a área da praça. Este espaço é da comunidade. As outras questões, nós vamos resolvendo, dialogando”, diz.
Tanto a área da praça, quanto a ocupada por Bento e os demais espaços em que já foram construídas residências não são da prefeitura. O local pertence a América Latina Logística (ALL). O procedimento para a colocação da tela foi acertado em uma reunião, em quatro de novembro entre o promotor Paulo Cirne, o presidente da Uampaf, Antonio dos Santos, o vereador Patric Cavalcanti, da Comissão de Educação e Bem Estar Social da Câmara de Vereadores e a assessora jurídica do município, Thais Almeida da Costa. Segundo o promotor Paulo Cirne, durante o encontro foi analisada a situação da construção da residência de Bento na área que pertence a empresa ALL cedida para que a comunidade utilize o terreno para atividades de lazer.
Vizinhos contestam
Uma moradora que não quis se identificar revela que, assim como outros vizinhos, construiu sua casa na área da ALL. Um familiar da moça comprou brinquedos e cercou o local que hoje é destinado às crianças. Em meados dos anos 2000, a prefeitura instalou uma praça ali, oficializando a área de recreação. Segundo ela, a praça sempre foi usada para festas infantis e cuidada pela prefeitura. “Ele [Bento] não quer morar aqui, eles nem vivem aqui. A praça é muito importante”, diz. A moradora em outras pessoas da comunidade está elaborando um abaixo-assinado para retirar o morador do local. Ela ainda relata que o indivíduo ameaça os vizinhos.
O morador garante que tem posse do espaço
O morador Ademilson Bento ocupou uma área fora do cercado da praça, onde construiu um casebre. Ele possui documentos com carimbo da própria prefeitura que daria posse do local desde 2007. O argumento usado por ele é que as outras edificações do bairro também construíram em um espaço que não é da prefeitura.
Segundo Bento, a colocação da cerca tardou para acontecer, mesmo com ligações solicitando a tela. Antes da chegada da STMUS, ele mesmo havia retirado um balanço da praça para instalar a tela. “A gente não quer incomodar, essas outras casas [ao lado da praça] também invadiram o espaço do campinho do bairro”, finaliza.