Redação ON
A Fundação Educacional do Menor deve receber a partir de março do próximo ano programas da Secretaria de Segurança. Segundo o secretário de Obras, Ermindo Simoneti, que atualmente também tem cuidado das questões da Secretaria de Segurança no período de transição, alguns projetos de capacitação e resgate da cidadania devem ser implementados no antigo Patronato. Simoneti destaca que os recursos do Pronasci, cerca de R$ 690 mil, já estão disponíveis na conta da prefeitura e logo devem ir para licitação. A entidade de assistentes sociais Mulheres da Paz está entre as candidatas para realizar o trabalho no local. “No Patronato funcionará o programa Protejo, no qual devem participar cerca de 200 jovens, de 23 bairros da cidade. Esses jovens selecionados são egressos do sistema prisional, em sistema de conflito ou estado de risco, de até 24 anos, e devem participar de trabalhos que vão desde a questão sócio educativa, envolvimento de programas culturais até o ingresso na escola”, explica. O secretário acredita que entre fevereiro e março o programa já comece a funcionar.
Além do Projeto, outro programa do Pronasci também deve entrar em licitação ainda neste ano, o da Justiça Comunitária. “Esse programa vai trabalhar com mediações de conflitos, será instalado no bairro Záchia e deve atender também a grande Vera Cruz”, finaliza.
Fundação Educacional do Menor
Após uma intervenção da Justiça, o Patronato de Menores de Passo Fundo não recebe crianças e adolescentes desde 2007. Após reformas na estrutura e no plano pedagógico da instituição, uma incompatibilidade funcional com a nova legislação não permite à fundação abrigar menores. De acordo com o presidente da Fundação, Ilmo Santos, houve algumas mudanças de normas, onde os abrigos devem ter um aspecto mais familiar, ou seja, prédios menores. “Houve o entendimento que não haveria mais, com a estrutura do prédio, ter o abrigo. Então desistimos e começamos a utilizá-lo para cursos”, explica.
Neste ano o prédio passou por reformas, entretanto, até o momento não estava definida a finalidade para o qual serviriam. De acordo com Santos foram gastos cerca de R$ 200 mil. “Foi trocado todo o telhado, cerca de 500 telhas de amianto e toda a rede elétrica. Ainda foi refeita toda a pintura interna, reformados banheiros, trocada as portas, aumentadas as salas, lixado o piso e instalado extintores de incêndio”, cita.
Para o presidente da Fundação, o local atualmente ainda é mal aproveitado e tem bastante espaço ocioso. Com a utilização das salas para cursos do Pronasci, Ilmo acredita que esta ocupação vai acontecer gradativamente. “Isso já vem ocorrendo desde quando o Centro de Referência em Assistência Social do bairro São José, o Cras, foi instalado aqui”, diz. Além do Cras ainda funcionam no local alguns cursos promovidos pela Secretaria de Cidadania e Assistência Social, como de padaria, malharia e de doceiras.