Profissionais do HSVP buscaram tecidos ósseos em Caxias do Sul

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Este Natal foi decisivo para diminuir as filas de espera por transplantes. No dia 24 de dezembro, os profissionais do Banco de Tecidos Músculoesquelético do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, enfermeiro Maurício Zangirolami e bióloga Gisela Machado de Albuquerque, receberam um telefonema do Hospital Pompéia, de Caxias do Sul, informando que havia uma doação de rins, córneas e tecidos músculoesqueléticos. Em razão de ser a primeira doação de tecidos músculoesqueléticos, o enfermeiro e a bióloga, prontamente, se deslocaram às 19h30min para Caxias do Sul na véspera de Natal.

Após três horas de viagem, eles chegaram ao Hospital Pompéia para realizar um treinamento com a equipe satélite de captação, que além da coleta dos tecidos também é responsável por encaminhar os exames sorológicos, microbiológicos e de fazer o acondicionamento dos tecidos músculoesqueléticos.

A retirada dos tecidos envolveu uma equipe de dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem e teve duração de três horas. Depois que os ortopedistas retiraram os ossos, Maurício e Gisela organizaram todo o material para trazer e armazenar no Banco de Tecidos do HSVP, que é o único em funcionamento no Estado.

No dia 25 de dezembro, os profissionais chegaram às 9h30min no HSVP e já foram encaminhar o material para exame microbiológico. No momento, os tecidos músculoesqueléticos estão em quarentena e após 20 dias deverão ser novamente testados para estarem disponíveis para procedimentos ortopédicos e odontológicos.

O comprometimento com a causa da doação não tem dia e nem horário. Este foi o exemplo de Maurício e Gisela que abriram mão de estarem com a família na noite de Natal para buscar ossos que vão beneficiar de 30 a 40 receptores. “O  deslocamento para captar um órgão/tecido faz parte da nossa profissão. Nós somente contribuímos com parte do processo, pois a doação é o mais importante e o resultado positivo é a grande recompensa”, definiu a bióloga. Para o enfermeiro, o mérito é da família que enfrentou a dor de perder o ente querido e decidiu pela doação dos órgãos/tecidos, dando nova chance de vida para as pessoas que necessitam de transplantes. “Com esta doação, duas pessoas vão voltar a enxergar, duas pessoas não vão precisar fazer hemodiálise e tantas outras pessoas vão ter melhor qualidade de vida com a doação óssea”, evidenciou Maurício.

Números do Banco de Tecidos
De janeiro a dezembro de 2010, o Banco de Tecidos do HSVP registrou 597 transplantes e recebeu 53 doações, sendo 47 de doador vivo e seis de doador cadáver. As doações são provenientes do HSVP, Hospital Bartholomeu Tacchini de Bento Gonçalves e Pompéia.  Além de ter uma equipe satélite no Hospital Pompéia, recentemente formada, o Banco de Tecidos mantém equipe satélite no Hospital Tacchini.

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