Abraço em defesa da figueira centenária

Moradores do loteamento Santo Afonso fazem ato simbólico em área verde que pretendem transformar em APP para sensibilizar a prefeitura

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Leonardo Andreoli/ON

Os moradores do Loteamento Santo Afonso realizaram na tarde do último sábado um ato simbólico para marcar uma luta pela preservação ambiental. O grupo de mais de 50 pessoas abraçou uma figueira de mais de um século. O objetivo é mostrar o desejo de transformar uma mata de cerca de 10 mil m² em Área de Preservação Permanente (APP). O espaço em questão é motivo de um impasse entre os moradores - que querem que a área verde permaneça como está - e o grupo de escoteiros Maragatos - que pretende construir uma sede no local. Na próxima quarta-feira (12) uma audiência pública acontece na capela do bairro, às 19h, para discutir o futuro do local e para que a comunidade possa manifestar o interesse pela preservação da mata.

O abraço na figueira foi simbólico. Na verdade a preocupação do grupo inclui espécies vegetais e animais como grapias, cabriúvas, guajuviras, cedros, lebres-do-campo, raposas, tucanos, cutias, tatus, lagartos, cobras e insetos que vivem no local. Para o presidente da associação de moradores, Kleber Augusto Medeiros, o desejo da comunidade é de que a área permaneça como ela está. “Queremos que seja transformada em APP e que nada seja edificado neste local”, enfatiza.


Audiência pública

Alguns moradores chegaram a lamentar a necessidade de uma manifestação para garantir a preservação da área. No entanto, ressaltaram a necessidade de que os proprietários de terrenos e casas no local participem da audiência pública e levem comprovantes de residência para poderem votar em favor da transformação do local em APP. O presidente da associação é otimista em relação ao resultado da audiência, principalmente se a comunidade se mobilizar e participar do encontro.

Morar no local

A área verde foi o motivo pelo qual José Kunz, 67 anos, escolheu morar no Loteamento Santo Afonso. Ele reside em frente à mata, na Rua Darci Canabarro e Silva, há três anos e meio. “Antes eu morava no Capinzal e escolhemos este local justamente por ser sossegado e pela mata na frente de casa”, conta. Ele divide a opinião dos vizinhos de que o espaço tenha de ser caracterizado como APP.

Confira a matéria publicada no final de semana (08 e 09) sobre o impasse

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