Com a lista na mão

Na hora de comprar o material escolar, dica é pesquisar preços e optar pela loja que oferecer os melhores descontos ou condições de pagamento

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Glenda Mendes/ON

Todo início de ano vem carregado de compromissos. Dentre eles, a compra do material escolar que, além de demandar tempo para a pesquisa de preços e para as compras, ainda compromete boa parte do orçamento familiar. E este ano os produtos estão, em média, 10% mais caros, especialmente os livros didáticos. Quem pensa que o gasto maior é com os alunos de educação infantil e ensino fundamental, pode estar enganado. Apesar de conter menor número de itens, a lista de material de estudantes do ensino médio, por exemplo, também pode ser bem salgada.

Entre cadernos, lápis, borrachas, canetas, itens básicos de quase todas as listas, os preços podem ter grandes variações de um estabelecimento para outro, por isso a dica é pesquisar. Além da pesquisa de preços, é preciso avaliar as condições de pagamento, especialmente se a opção for pelo parcelamento.

Segundo Liton Pilau, que é um dos coordenadores do Balcão do Consumidor de Passo Fundo, outra dica é conversar na escola para saber se todos os itens da lista serão de uso imediato, ou se podem ser comprados e enviados durante o ano. “Em primeiro lugar, sugiro a pesquisa de preços em relação ao material escolar e verificar com as escolas, porque nem sempre todos que são pedidos serão utilizados ao mesmo tempo. De repente, os pais poderiam comprar no decorrer do semestre, para ficar pesado no orçamento”, alerta Pilau.

A qualidade do material também precisa ser avaliada na hora da compra. “Está para sair uma resolução do Inmetro que vai regulamentar algumas questões, especialmente a relacionadas às tintas, lápis e colas, que não podem conter substâncias tóxicas”, destaca o coordenador. Entretanto, até que a resolução saia, a atenção principal deve ser dos pais, que precisam verificar a procedência. “É preciso ter todo cuidado. A origem do produto precisa ser verificada e uma das formas para isso é olhar se na embalagem contém o nome e endereço do fabricante. Caso não contenha essas informações, a responsabilidade por qualquer problema apresentado pelo material é da loja que o vendeu. Mesmo sendo produtos importados, eles precisam se adequar às normas brasileiras”, argumenta o coordenador.

Compra antecipada
Uma prática comum entre as escolas é fazer a entrega da lista de material para o ano seguinte logo após o término do ano letivo vigente. Com isso, os pais ganham tempo para pesquisar e encontrar os melhores produtos e condições. Cátia Migliorini, proprietária de uma livraria e papelaria, explica que dessa vez muitos pais anteciparam as compras. “Temos notado que as pessoas estão se adiantando este ano. Desde dezembro as vendas de material escolar já estão sendo boas”, conta.
E quem já fez as compras, ou está pesquisando, deve ter notado um aumento nos preços em relação ao ano passado. “Alguns aumentos ainda não repassamos, mas a média de aumento foi de 10%. Livros didáticos, por exemplo, tiveram 10% de aumento”, salienta Cátia. Entre os mais procurados estão os itens mais básicos, como o material usado nas aulas de Artes, como cadernos, tintas, além das mochilas. Dentre as meninas, a preferência tem sido pelos produtos da boneca Barbie. Para os meninos, a linha de super-heróis é a mais procurada.

Média de preços

Confira alguns dos produtos mais procurados e a média de preços

Caderno de 10 matérias – de R$ 4,40 a R$ 19,90
Cadernos de 1 matéria – de R$ 2,00 a R$ 10,00
Borracha – de R$ 0,20 a R$ 4,99
Lápis preto comum – de R$ 0,20 a R$ 1,50
Caixa lápis 12 cores – de R$ 1,80 a R$ 16,00
Estojo com 6 tintas guache – de R$ 1,70 a R$ 3,60
Apontador – de R$ 0,10 a R$ 4,70
Caderno de desenho – de R$ 1,29 a R$ 3,60
Tesoura – de R$ 0,70 a R$4,70
Estojo – de R$ 2,00 a R$ 24,00
Cola – de R$ 1,50 a R$ 5,00
Caneta azul – R$ 1,00 a R$ 15,00

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