Clarissa Ganzer/ON
A Defesa Civil, responsável por fazer levantamentos e avaliar danos de catástrofes em diferentes municípios do país, da região de Passo Fundo realizou uma reunião na sexta-feira (14) à tarde para operacionalizar o recolhimento de donativos para famílias no Rio de Janeiro. O número de mortos em consequência das fortes chuvas que atingiram a região serrana do Estado já ultrapassa os 500.
O coordenador regional da Defesa Civil de Passo Fundo, Capitão Jamir Lago, comenta que não há expectativa de arrecadação. “Vai depender da solidariedade das pessoas. Muitos não estão na cidade, estão viajando”, argumenta. O apelo para a doação será estendido para outras cidades da região.
A determinação partiu do governo e da Defesa Civil do Rio Grande do Sul para socorrer as vítimas cariocas. O primeiro caminhão com arrecadações deve ser fechado até quarta-feira (19) e quinta-feira (20) deve ir a Porto Alegre que encaminhará as doações via aérea – através da Força Aérea - ao Rio de Janeiro.
Postos de arrecadação
Na cidade diferentes postos estarão disponíveis para receber agasalhos e alimentos não-perecíveis da comunidade. O tenente-coronel João Darci Gonçalves da Rosa, comandante do 3º RPMon, afirma que todas as unidades da Brigada Militar serão postos de recebimento: Batalhão Rodoviário, Batalhão de Operação Especiais, Colégio Tiradentes da Brigada Militar de Passo Fundo, posto na Gare, 3° RPMon na Presidente Vargas, Batalhão Ambiental, na BM próximo ao Hospital São Vicente de Paulo, Corpo de Bombeiros e no posto móvel comunitário. “Na região do comando regional vamos expedir um documento para que Erechim, Carazinho, Marau, Tapejara, Casca, Soledade... participem, tanto a Brigada Militar quanto o Corpo de Bombeiros, Batalhão Ambiental e Rodoviário. Vamos entrar em contato com grandes empresas também para que eles efetuem o trabalho [arrecadações] nesses locais – é só entrar em contato conosco, dizer o lugar que nós vamos buscar”, diz.
No Rio Grande do Sul
De acordo com o Capitão Lago, problemas decorrentes de desastres naturais podem acontecer em qualquer lugar e a intensidade de destruição depende da ocupação do território. “Temos vários problemas de encostas em todo o lugar, vai depender muito da urbanização, desocupação e ocupação desordenada e a questão climática. A serra seguidamente tem desabamentos”, justifica.
O coordenador complementa que quando as situações climáticas extremas são identificadas pela meteorologia, as famílias que vivem em áreas de risco – perto de riachos ou encostas - devem tomar precauções para conseguir preservar a vida.
Defesa Civil – região Passo Fundo
A Defesa Civil – região de Passo Fundo atende 84 municípios: de Casca até Nonoai. A Defesa Civil tem coordenação estadual e muda sua coordenação a cada governo. O Capitão Lago – coordenador da região de Passo Fundo – assumiu recentemente.
Conforme informações do coordenador existem sete municípios em situações de emergência na região da Defesa Civil de Passo Fundo, em função das enxurradas e vendavais, além da chuva de granizo no ano passado.
SOS Sudeste
A campanha lançada pela Cáritas Brasileiras e pela CNBB, em prol das vítimas das enchentes no sudeste do país, disponibiliza três contas para doações:
Caixa Econômica Federal (CEF)–Agência 1041 – OP.003 – Conta Corrente 1490-8;
Banco do Brasil – Agência 3475-4 – Conta Corrente 32.000-5.
Banco Bradesco – Agência 0606-8 – Conta Corrente 71.000-8
Mais informações podem ser obtidas no site da Cáritas Brasileira – www.caritas.org.br ou pelos telefones (54) 3045 1262 – Cáritas Diocesana ou (61) 3214 5400 – Cáritas Nacional.
O jornal O Nacional também será um ponto de arrecadação de alimentos não perecíveis e agasalhos para as vítimas das chuvas no Rio de Janeiro. O jornal O Nacional fica na Rua Silva Jardim 325 A – Vila Annes. |