Risco de dengue é maior em períodos chuvosos

Previsão para a semana é de chuvas em áreas isoladas todos os dias, por isso, após cada pancada é importante eliminar os depósitos de água parada

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Glenda Mendes/ON

Mesmo sem detectar qualquer foco de larvas do mosquito da dengue este ano, a época requer maior cuidado nas residências. Isso, porque a previsão aponta para um período chuvoso, com possibilidade de precipitações todos os dias, o que favorece o acúmulo de água parada. É por isso que a fiscalização deve ser intensificada nas residências. “Esse ano, felizmente, ainda não encontramos larvas. Apesar desse período preocupante, de muita chuva e temperaturas altas, ainda não encontramos larvas do Aedes aegypti”, afirma o coordenador da Vigilância Sanitária do município, Edson Mocinho. De acordo com ele, a época do ano pede cuidados extras em casa. “Uma coisa é certa: para não ter dengue, nós não podemos ter o mosquito. E para não ter o mosquito, o Aedes aegypti, transmissor da dengue, não podemos ter água parada”, salienta.

Desta forma, em todas as visitas realizadas pelos agentes de endemia, é solicitada a colaboração dos moradores. “Pedimos sempre para a população que nos ajude. A população é fundamental nesse processo de prevenção. Então, cada morador tem que vistoriar o imóvel após a chuva, eliminando os depósitos de água parada, desde uma tampinha de garrafa até um caixa d’água mal vedada”, explica Mocinho.

De acordo com ele, a população tem correspondido ao apelo e auxiliado na prevenção. “O risco da dengue existe. Temos vários estados com epidemias e vários municípios do Rio Grande do Sul com infestações do Aedes aegypti. Então nós não podemos correr este risco, temos que fazer nossa parte, eliminando os depósitos de água parada”, avalia o coordenador.

Armadilhas
Para verificar a existência ou não do mosquito no município, são mantidas as armadilhas. Como o próprio nome sugere, são mantidos locais com água limpa e parada para que as larvas que aparecerem nestas armadilhas sejam examinadas. “São 301 armadilhas instaladas no município, que são visitadas semanalmente pelos agentes de endemias. Eles coletam larvas que são enviadas para o laboratório regional. As armadilhas são colocadas em locais estratégicos, aonde há grande fluxo de veículos e pessoas de fora do município, como por exemplo, a rodoviária e as transportadoras”, argumenta Mocinho.

Agentes
Atualmente, além dos agentes de endemia, que são 40 em Passo Fundo, existe uma equipe técnica responsável pelo monitoramento da situação. “A equipe técnica é composta por um veterinário, duas biólogas e 40 agentes de endemias, que fazem todo o trabalho de visita domiciliar diária, visitando a população, fazendo a vistoria no imóvel, tentando identificar e eliminar todo o qualquer depósito de água parada e orientando as pessoas para o risco da dengue”, salienta.

A dengue
Todas essas ações são necessárias para evitar que o mosquito apareça e se prolifere na cidade, fazendo vítimas. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a dengue é uma doença infecciosa aguda e possui quatro sorotipos. É transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. As epidemias, conforme o MS, geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

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