Um programa de castração de animais deve começar a funcionar em Passo Fundo até o final de fevereiro, segundo informações do secretário de Interior, Gilberto Simor. O projeto vai atender a demanda de mais de 20 mil cães sem dono e mais de dois mil gatos de rua em Passo Fundo. Somente o Clube dos Amigos e Protetores dos Animais (Capa) atende hoje 423 animais. Simor afirma que a prefeitura está agilizando o programa de castração para que ele seja efetivado nos primeiros meses do ano. “A ideia do prefeito é que nós façamos um mutirão de castração, principalmente nas fêmeas. No mínimo de 1.200 a 1.500 castrações ainda em 2011”, diz.
Clínica veterinária
Outra ação dentro do programa de castração é transformar o ambulatório da secretária de Interior em clínica veterinária. De acordo com Simor, a planta do projeto já está pronta e os papéis estão sendo encaminhados para a finalização da obra. O Conselho de Medicina Veterinária foi contatado pela prefeitura para auxiliar na mudança. “Vamos ter toda a responsabilidade legal para fazer a castração de cães e gatos. Hoje temos três médicos veterinários que vão ajudar”, argumenta.
A prefeitura está buscando um convênio com a Universidade de Passo Fundo (UPF) para que os alunos do curso de Medicina Veterinária, a partir do quinto ano, possam auxiliar no trabalho. O secretário garante que falta muito pouco para que a clínica veterinária comece a funcionar. De acordo com ele, ainda é preciso adquirir alguns equipamentos, como aparelhos para a esterilização dos animais. Até final de fevereiro, a clínica deve estar pronta.
O objetivo é fazer de oito a dez castrações por dias. Se o convênio com a UPF for viabilizado poderão ser feitas mais castrações diárias. Além da instituição de ensino e da secretária do Interior, a secretária do Meio Ambiente também está envolvida no programa. O investimento é de cerca de R$ 15mil, para fazer modificações nas instalações e na compra no material necessário.
Chip
Em cada castração, os animais serão medicados e receberão um chip que vai possibilitar levantar informações sobre os hábitos da matilha. “É uma questão de saúde pública. Esses animais estão na rua. Eles têm doenças: sarna, verminoses. Pensamos em oferecer um tratamento sanitário também”, exemplifica.
Através de uma parceria com os presidentes de bairros, moradores de vilas de Passo Fundo, especialmente as mais pobres, serão conscientizados quanto aos cuidados com os animais. Dessa forma, será feita a castração dos bichos desses locais, que depois serão devolvendo aos donos. Os chips serão instalados já nas primeiras castrações.
Canil municipal
Terrenos estão sendo estudados pela prefeitura para servir de canil municipal. O lugar irá abrigar animais, que após o tratamento participarão de feiras de adoção na cidade. O anteprojeto prevê um espaço para 800 cães e 200 gatos. “Mas não é para deixar os animais largados no local. Vamos tratar e levar esses animais para o canil e depois encaminhar para que sejam adotados”, alerta Simor. A previsão é que o canil fique pronto em quatro meses.
O valor do custo dos chips e do canil não está estimado.