Emater deve passar por reestruturação
Milton Rossetto assume como gerente regional de Passo Fundo. Aumento e capacitação de colaboradores são projetos que fazem parte das ações de reestruturação da empresa
Clarissa Ganzer/ON
A falta de pessoal e a crescente demanda de trabalho devem provocar uma imediata reestruturação da Emater/RS-Ascar em todo o Estado. A informação foi dada pelo novo gerente regional do escritório de Passo Fundo, agrônomo Milton Rossetto, que assumiu o cargo na sexta-feira. Ele vai comandar escritórios em 71 municípios da região. Antes de ser empossado, Rossetto trabalhava no escritório municipal de Pontão. Ele iniciou na Emater em 1990 e em 1998, compôs a gerência regional de Passo Fundo como adjunto e dois anos depois como gerente regional.
Rossetto disse que a gerência deve dar continuidade ao que é desenvolvido e característico na região hoje. “A bovinocultura de leite tem um peso muito forte na região e a Emater como um todo, não só regional, mas principalmente os escritórios municipais têm um envolvimento na ponta muito intenso. A cadeira da fruticultura é muito importante, principalmente na região do médio-alto Uruguai, a citricultura muito forte também e temos uma ação incisiva”, exemplifica.
A agroindústria familiar é outra cadeira de destaque para a Emater que, através do respaldo de programas estaduais e federais, vai retomar os projetos para atender as demandas das cadeias produtivas e dos mercados institucionais. “O projeto de lei de 2009 prevê que 30% dos recursos da alimentação escolar têm que ser adquiridos na agricultura familiar e isso tem nos aberto um campo bastante grande, no mínimo de 30%, mas podemos chegar a mais”, justifica.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do governo federal também deve incentivar o setor. No projeto, a Conab compra dos agricultores familiares produtos por intermédio de cooperativas, associações, ou entidades ligadas aos pequenos agricultores e, posteriormente, esses alimentos são destinados a instituições que fazem a distribuição para famílias em situação de vulnerabilidade social.
Reestruturação
Rossetto acredita que antes de mencionar novos projetos, a Emater necessita reestruturar a empresa internamente, especialmente no número de colaboradores. “Nós estamos presentes em todos os municípios, mas com poucas pessoas. Precisamos contratar e alocar mais gente nos escritórios municipais, porque é lá que ocorrem os processos: convênios com prefeituras, relacionamento com sindicatos, cooperativas”, diz. Muitos funcionários foram demitidos da empresa e mesmo com outras contratações, o número ainda é insuficiente.
Em Passo Fundo, há um convênio da empresa com a prefeitura e existe previsão de duas cotas de trabalho. Entretanto seriam necessários, no mínimo, mais dois colaboradores.
O quadro de lotação da Emater foi elaborado há alguns nos com profissionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Emater. Para cada município, a equipe mínima é de quatro profissionais: um de nível superior, um de nível médio, um na área de bem-estar social e um assistente administrativo – que pode ser conveniado pela prefeitura. A cidade, pelo número de propriedades rurais e peculiaridades, precisa de ainda mais funcionários.
A capacitação do quadro de funcionários é outra ação necessária para o desenvolvimento da empresa. “Temos que estar preparados para os desafios que se apresentam. A Emater dispõem de dez centros de treinamento no Estado e deve e apropriar bem desse processo. Continuar e avançar em formação e capacitação de agricultores também”, justifica.
12° Expodireto
Entre as novidades para a 12° Expodireto, que acontece de 14 a 18 de março em Não-Me-Toque, Rossetto destaca o pavilhão da agroindústria familiar e a mostra de artesanato. “[No pavilhão], tem um pouco da cara da nossa agroindústria familiar. Produtos de extrema qualidade, legalizados: do ponto de vista sanitário, ambiental e tributário”, complementa. Segundo ele, participar da feira internacional é importante, especialmente pelo público que ela recebe e pela mensagem que distribui a diferentes pessoas “Para nós [participar da Expodireto] é um investimento, não olhamos como uma despesa.”, finaliza.
))))))))))))))))))))))))))))))))) foto cidade emater
)))))))))))))))))))))))))))))))) legenda: Milton Rossetto iniciou na Emater em 1990. Dez anos depois, trabalhou como gerente regional de Passo Fundo
)))))))))))))))))))))))))))) crédito: Clarissa Ganzer/ON
Clarissa Ganzer/ON
A falta de pessoal e a crescente demanda de trabalho devem provocar uma imediata reestruturação da Emater/RS-Ascar em todo o Estado. A informação foi dada pelo novo gerente regional do escritório de Passo Fundo, agrônomo Milton Rossetto, que assumiu o cargo na sexta-feira. Ele vai comandar escritórios em 71 municípios da região. Antes de ser empossado, Rossetto trabalhava no escritório municipal de Pontão. Ele iniciou na Emater em 1990 e em 1998, compôs a gerência regional de Passo Fundo como adjunto e dois anos depois como gerente regional. Rossetto disse que a gerência deve dar continuidade ao que é desenvolvido e característico na região hoje. “A bovinocultura de leite tem um peso muito forte na região e a Emater como um todo, não só regional, mas principalmente os escritórios municipais têm um envolvimento na ponta muito intenso. A cadeira da fruticultura é muito importante, principalmente na região do médio-alto Uruguai, a citricultura muito forte também e temos uma ação incisiva”, exemplifica.
A agroindústria familiar é outra cadeira de destaque para a Emater que, através do respaldo de programas estaduais e federais, vai retomar os projetos para atender as demandas das cadeias produtivas e dos mercados institucionais. “O projeto de lei de 2009 prevê que 30% dos recursos da alimentação escolar têm que ser adquiridos na agricultura familiar e isso tem nos aberto um campo bastante grande, no mínimo de 30%, mas podemos chegar a mais”, justifica. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do governo federal também deve incentivar o setor. No projeto, a Conab compra dos agricultores familiares produtos por intermédio de cooperativas, associações, ou entidades ligadas aos pequenos agricultores e, posteriormente, esses alimentos são destinados a instituições que fazem a distribuição para famílias em situação de vulnerabilidade social.
Reestruturação
Rossetto acredita que antes de mencionar novos projetos, a Emater necessita reestruturar a empresa internamente, especialmente no número de colaboradores. “Nós estamos presentes em todos os municípios, mas com poucas pessoas. Precisamos contratar e alocar mais gente nos escritórios municipais, porque é lá que ocorrem os processos: convênios com prefeituras, relacionamento com sindicatos, cooperativas”, diz. Muitos funcionários foram demitidos da empresa e mesmo com outras contratações, o número ainda é insuficiente. Em Passo Fundo, há um convênio da empresa com a prefeitura e existe previsão de duas cotas de trabalho. Entretanto seriam necessários, no mínimo, mais dois colaboradores. O quadro de lotação da Emater foi elaborado há alguns nos com profissionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Emater. Para cada município, a equipe mínima é de quatro profissionais: um de nível superior, um de nível médio, um na área de bem-estar social e um assistente administrativo – que pode ser conveniado pela prefeitura. A cidade, pelo número de propriedades rurais e peculiaridades, precisa de ainda mais funcionários. A capacitação do quadro de funcionários é outra ação necessária para o desenvolvimento da empresa. “Temos que estar preparados para os desafios que se apresentam. A Emater dispõem de dez centros de treinamento no Estado e deve e apropriar bem desse processo. Continuar e avançar em formação e capacitação de agricultores também”, justifica.
12° Expodireto
Entre as novidades para a 12° Expodireto, que acontece de 14 a 18 de março em Não-Me-Toque, Rossetto destaca o pavilhão da agroindústria familiar e a mostra de artesanato. “[No pavilhão], tem um pouco da cara da nossa agroindústria familiar. Produtos de extrema qualidade, legalizados: do ponto de vista sanitário, ambiental e tributário”, complementa. Segundo ele, participar da feira internacional é importante, especialmente pelo público que ela recebe e pela mensagem que distribui a diferentes pessoas “Para nós [participar da Expodireto] é um investimento, não olhamos como uma despesa.”, finaliza.