Redação/ON
A atuação do fenômeno La Niña é indicação de poucas de chuvas. Mas apesar de estar em evidência no Rio Grande do Sul, não afetou a região Norte, pois as chuvas, mesmo mal distribuídas, não deixaram a desejar e ocorreram no momento em que as lavouras de milho e soja mais precisavam. E para os meses de fevereiro e março, o comportamento do clima deve ser semelhante ao que já aconteceu em dezembro e está acontecendo em janeiro.
De acordo com o observador meteorológico, Ivegndonei Sampaio, da Estação Meteorológica da Embrapa Trigo/Inmet, a semana toda será de pancadas de chuva à tarde ou à noite, seguindo ainda com madrugadas quentes e abafadas. As temperaturas mínimas devem ficar entre 18ºC e 20ºC e as máximas entre 28ºC e 30ºC. “Até agora choveu 131, 8 milímetros, o que representa 92% da média do mês de janeiro que é de 143,4 milímetros”, comenta Sampaio.
Assim como aconteceu na tarde de ontem (24) em que no centro da cidade não choveu, mas um grande volume foi registrado no bairro São Cristóvão, deve seguir acontecendo nos próximos meses. De acordo com boletim climatológico do Inmet, o final do verão e o início do outono ainda serão com chuvas irregulares. “A permanência das anomalias negativas indica a tendência de persistência desse sinal para os próximos meses. A tendência é que as chuvas na nossa região continuem como estão acontecendo em janeiro: mal distribuídas, mas ainda assim com chuvas em algumas áreas. Já nas regiões Sul, Sudoeste e Leste do Rio Grande do Sul, o La Niña vai persistir e continuar atuando até abril”, salienta o observador.
Além disso, os modelos ainda apresentam temperaturas ligeiramente acima da média. “As mínimas devem ter oscilação próximas ao padrão climatológico. E as máximas tendem a apresentar variações ligeiramente inversas. Para fevereiro e março, máximas acima do padrão climatológico, especialmente no Oeste e Noroeste do Estado”, completa.
Tempestades à vista
Para fevereiro, março e abril, existe a tendência de rápidas mudanças no tempo, favorecendo a ocorrência de tempestades localizadas, principalmente no Centro, Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul. “Por exemplo: o dia começa claro, bom, aumenta nebulosidade e chove muito. Ou em questão de minutos a temperatura que estava alta, cai 12, 14 graus. Isso pode contribuir ainda para a ocorrência de tempestades localizadas”, explica Sampaio.
Quedas de árvores na Planaltina
Enquanto no centro da cidade nada de chuvas na tarde de segunda-feira, nos bairros São Cristóvão e Planaltina a chuva e os ventos fortes causaram transtornos. Somente o Corpo de Bombeiros atendeu quatro ocorrências de quedas de árvores. Este deve ser o padrão até, pelo menos, o final do verão, em 21 de março. Como os boletins climatológicos apontam para o favorecimento da ocorrência de tempestades devido às mudanças rápidas no tempo, ainda devem ser registradas diversas situações semelhantes.