Clarissa Ganzer/ON
O XV Rodeio Internacional de Passo Fundo, que começa na sexta-feira (4), já está com praticamente toda a estrutura pronta para receber as 85 mil pessoas que devem passar pelo Parque da Roselândia até dia 13. Além de oferecer visibilidade a Passo Fundo, o evento aquece a economia da cidade. O presidente da Funzoctur, Antonio Augusto Reveillau disse que é difícil mensurar um valor, já que o evento movimenta diferentes setores. Uma empresa de pilchas, artesanato e acessórios de Caxias do Sul chegou na terça-feira (1°) em Passo Fundo e pela primeira vez vai expor no rodeio. A expectativa da responsável, Cristiane Silveira, é comercializar a maioria dos mais de 20 mil itens. Ao todo são cinco funcionários que vão trabalhar durante o rodeio. “Vamos dormir aqui”, disse um deles, apontando para o espaço que será utilizado pela empresa.
Eles trouxeram a família
Além do comércio de diferentes produtos no local, Reveillau, exemplifica que há cerca de um mês, por exemplo, famílias de rancheiros já começaram a fazer reformas nos ranchos, movimentando o segmento da construção civil, comércio e empregando mão de obra. A família de Lucimar Santos, 24 anos, estava fazendo os últimos ajustes no rancho na tarde de ontem (2). Há oito anos, os cerca de 10 familiares reservam uma semana para aproveitar o rodeio. “É a festa da integração e tradicionalismo. Encontramos os amigos que a gente não vê muito. Aqui é uma linguagem só”, justifica. Na rotina do grupo, tomar o café de chaleira pela manhã, assistir as provas à tarde e terminar o dia com churrasco e cerveja já estão planejados. (Você pode conferir no site www.onacional.com.br o vídeo do rancho da família).
Entrevista
O Nacional: Qual é a movimentação econômica gerada pelo Rodeio?
Antonio Augusto Reveillau: A movimentação econômica para o município já acontece há alguns dias. Dede os serviços que contratamos para o rodeio até as estruturas locadas, os rancheiros do parque que já estão fazendo reformas. Isso movimenta o comércio, mão de obra de carpinteiros e pedreiros. É difícil mensurar um valor. Sem dúvida, o rodeio vai trazer muito beneficio econômico. Por exemplo, são mais de 130 entidades inscritas para participar, temos inscrito um CTG de Brasília. Isso tem um valor econômico: as pessoas vão consumir no comércio local, abastecer em um posto de combustível...
ON: Quais são as principais diferenças dos rodeios anteriores para o atual?
AAR: O nosso objetivo é que este seja o maior rodeio da história do município. Quem estiver fazendo o XVI vai querer que seja melhor do que este, e isso é bom. Uma das novidades é que hoje temos uma página na internet (www.rodeiodepassofundo.com.br), onde as entidades podem se inscrever. Outra é a cobertura na frente do palco principal de apresentações, isso nunca aconteceu antes. Tem a padronização da praça de alimentação também. Na segurança, a Brigada Militar vai nos dar um apoio, junto com a delegacia móvel da Polícia Civil com uma estrutura que permite o atendimento da população.
ON: Existe a ideia de criar uma ação permanente no parque?
AAR: Isso já acontece. Praticamente durante todo o ano existe uma parceria nossa com a 7° Região Tradicionalista e hoje em praticamente 50 finais de semana do ano, nós temos evento no Parque de Rodeio, reunindo muita gente. Por isso, a necessidade de obras permanentes, como a cobertura das arquibancadas, as reformas de banheiros, ambulatórios... É para atender a necessidade do rodeio e de outros eventos que acontecem aqui.
ON: Quais são as principais regras para evitar excessos?
AAR: Primeiro trabalhamos com o tema: “Traga a família que a festa é boa”, que afirma que o rodeio é da família: um ambiente sadio, de festa da nossa cultura. As pessoas que vem até o Parque da Roselândia têm que ter esse entendimento, de não chegar para arrumar um problema, mas para se divertir. Tomamos várias medidas, uma delas é a contratação de uma empresa privada, teremos 60 seguranças. A BM vai nos ajudar dentro do parque e na segurança externa. A Policia Rodoviária vai fazer o patrulhamento das vias que dão acesso ao parque e o Corpo de Bombeiros também vai estar conosco. A Polícia Civil é uma novidade e vai ser muito importante para nós.