Parcerias para manter atendimento

Para manter atendimento da ala de dependentes químicos destinada ao tratamento de crianças e adolescentes, instituição busca parcerias privadas e com município

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Glenda Mendes/ON

Ainda sem contar com o repasse referente ao ano passado por parte do governo do Estado, o Hospital Beneficente Doutor César Santos está buscando alternativas para manter o atendimento na ala de dependentes químicos destinada ao tratamento de crianças e adolescentes.

A promessa do setor de pagadoria do Estado era de que no mês de fevereiro seriam repassados os valores atrasados e definido um calendário referente aos pagamentos de 2011. Porém, no último contato feito pela direção do Hospital Municipal com o setor não foi definida data para o pagamento do recurso atrasado, que é de cerca de R$ 60 mil.

“Do governo do Estado ainda não nos deram retorno. A nossa ala para dependentes químicos, no mês de fevereiro de qualquer forma estaria parada em virtude das férias do médico. Março é que se daria então o retorno das atividades. Mas caso não venha repasse do Estado para manter o funcionamento, o hospital já está buscando alternativas”, afirma o diretor do Hospital Municipal, Leandro Bussolotto.

Essa alternativa é a busca de parceiros para financiar o atendimento. “Estamos em tratativas com a iniciativa privada e contando também com apoio da Secretaria Municipal de Saúde. O secretário Jairo Caovilla visitou o hospital e demonstrou interesse, na medida do possível, de nos dar um auxílio”, ressalta Bussolotto. Com isso, a união de esforços entre a direção do Hospital Beneficente, o governo municipal, a Secretaria Municipal de Saúde e alguns representantes da iniciativa privada seria a alternativa para continuar viabilizando o atendimento. “Hoje temos estes setores preocupados com a situação e caso não aconteça via estado veremos uma alternativa para não ter que fechar a ala definitivamente”, destaca.

Único serviço
No tocante ao atendimento médico com objetivo de desintoxicação de crianças e adolescentes pelo SUS, o Hospital Municipal é o único a oferecer este tipo de serviço. A ala foi construída especificamente para o tratamento de dependentes químicos. Porém, o não repasse de recursos por parte do governo do Estado chegou a apontar para a interrupção deste atendimento de saúde.

De acordo com Bussolotto, a ala terminou de ser construída no ano passado. Após a inauguração foi contratado médico para atender somente estes pacientes. Com isso, os gastos, sem o repasse estadual, precisaram ser arcados pelos recursos próprios da instituição, que manteve o serviço funcionando normalmente até o final do ano, quando a última turma de internação recebeu alta.

Além dos leitos para crianças e adolescentes, existe uma ala para dependentes químicos adultos que não teve interrupção de atendimento. Nesta, a maioria dos casos atendidos é de transtornos psiquiátricos e problemas com uso de álcool. Mas o setor também depende de recursos da esfera estadual para se manter.

Infraestrutura
A instituição tem hoje entre seu quadro de pacientes, 98% de atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos dois últimos anos passou por diversas melhorias na infraestrutura e implantação de um novo centro de diagnósticos, montado com totalmente com equipamentos novos. Também foi construído um novo pronto socorro e melhorias atingiram o bloco cirúrgico. Além disso, o setor de manutenção do próprio hospital vem mantendo um cronograma de reformas nos leitos antigos e existe um projeto para reformular a parte externa do prédio e para uma nova sala de raio X, assim que a instituição dispuser de recursos.

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