Glenda Mendes/ON
Com o objetivo de despertar nos jovens o interesse pelas ciências da astronomia e da astronáutica, desde 1998 é promovida a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). O concurso acontece através da aplicação de uma prova, diretamente na escola dos alunos inscritos. Na primeira etapa, a prova passa por uma correção realizada por uma comissão de cada escola. Se os alunos atingirem uma nota mínima, o conteúdo é repassado para a correção pelo Instituto de Física, órgão ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro.
No ano passado, a aluna Emily Nunes Teles, então no segundo ano do ensino médio no Colégio Tiradentes de Passo Fundo, conquistou a melhor colocação dentre os alunos de todo o estado e recebeu uma medalha de bronze em nível nacional. “O colégio inscreve todos os alunos e eu achei o conteúdo interessante e procurei ler um pouco a respeito”, conta a menina.Apesar de gostar da área e ter se destacado na olimpíada, Emily não pretende seguir carreira em astronomia ou astronáutica. Suas pretensões são prestar vestibular para direito, o que deve fazer no final deste ano, quando encerra o ensino médio. “Gosto do assunto, mas não desejo seguir nessa profissão. É mais para conhecimento de conteúdo mesmo”, salienta.
Estudante da primeira turma de ingressos do Colégio Tiradentes, Emily sempre foi boa aluna e buscou uma vaga nesta escola justamente pela expectativa que tinha pela qualidade de ensino. “O que me fez procurar uma vaga no Colégio Tiradentes com certeza foi a qualidade de ensino. É outro nível, é mais responsabilidade. Temos que ser mais determinados, mais aplicados. Como é turno integral, recebemos bem mais informação no mesmo período de tempo que outras escolas e os professores são ótimos”, avalia a aluna.
O bom desempenho e a procura por participar de olimpíadas não vêm de hoje. A estudante já havia participado, quando cursava a sexta série em uma escola na cidade de Alegrete, onde morava, da Olimpíada de Astronomia e Astronáutica. E na oitava série, quando era aluna da Escola Fagundes dos Reis de Passo Fundo, também participou da Olimpíada de Matemática.Aos 16 anos, a estudante que sempre frequentou escolas públicas, desde quando morada em Vacaria, sua cidade natal, tem como plano para o futuro prestar vestibular na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E este ano deve participar das edições tanto da Olimpíada de Astronomia e Astronáutica quanto da de Matemática.
Olimpíada
A olimpíada é organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira e pela Agência Espacial Brasileira e pela Eletrobras Furnas e tem a participação incentivada pelo Ministério da Educação. É voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio. De acordo com os organizadores, não se trata de uma competição, mas sim de um veículo de comunicação dos professores com os alunos.
O objetivo é estimular os docentes, informá-los e enfatizar o que é feito no Brasil em termos de pesquisa na área de astronomia, desenvolvimento de tecnologia, formação de pessoal e na construção e no lançamento de foguetes e satélites.Para participar da olimpíada, as escolas precisam cadastrar, na Comissão Organizadora nacional, um professor como representante da escola. O formulário está disponível na página eletrônica. As provas serão enviadas com antecedência aos docentes.Este ano a olimpíada chega a sua 14ª edição, que será realizada na sexta-feira, dia 13 de maio de 2011, em todas as escolas previamente cadastradas para participarem e no horário mais conveniente para a escola.
O que é astronomia?
A astronomia é a ciência que estuda o Universo, numa tentativa de perceber a sua estrutura e evolução. A astronomia moderna utiliza muitas vezes a física para compreender os fenômenos que se observam no Universo, designando-se então astrofísica.
O que é astronáutica?
A astronáutica é a área da ciência que se ocupa das máquinas projetadas para serem utilizadas fora da atmosfera, ou seja, trata da tecnologia de voos espaciais.