Natália Fávero/ON
A principal dificuldade encontrada no início do ano letivo na rede municipal foi a carência por vagas em algumas escolas. Ontem (21/02), cerca de 13 mil alunos voltaram as aulas nas 36 escolas municipais de Ensino fundamental de Passo Fundo. A procura foi grande principalmente para o primeiro ano do ensino fundamental. A escola São Luiz Gonzaga, por exemplo, já tem uma lista de espera com aproximadamente 50 alunos. A secretaria de Educação afirmou que nenhuma criança ficará fora da escola. Os alunos estão sendo remanejados para outras instituições conforme a proximidade das suas residências.
Ainda não é possível contabilizar quantas instituições registraram falta de vagas, o que acontecerá só depois da primeira semana de atividades. A principal demanda está nas turmas do primeiro ano. A maior escola da rede, a São Luiz Gonzaga tem 1,3 mil alunos, sendo 450 de 5ª a 8ª série e 80 do 1º ano. Uma lista de espera para o 1º ano já foi criada. As turmas do 6º ano também estão preenchidas. Uma turma normalmente é composta por 25 alunos, mas devido a demanda esse número passa para 35 e 38. A vice-diretora da tarde, Ceni Fátima Pinheiro disse que a movimentação foi intensa na segunda-feira e deverá continuar nos próximos dias. A escola abrange além da São Luiz, o bairro Manoel Corralo, Vila Nova, Santa Maria e Vila Isabel. “A primeira semana será de procura. Abrangemos uma área muito grande. Além disso, muitos alunos acabam trocando de bairro e precisam de vagas”, explicou a vice-diretora.
A secretária de Educação, Vera Vieira disse que as Escolas Senador Pasqualini e Cohab Secchi também há falta de vagas no 1º ano do ensino fundamental. “Muitos pais não fizeram a inscrição ou a matrícula e a corrida está grande para conseguir as vagas. Não temos mais espaços físicos e estamos repassando esses alunos para escolas do município mais próximas ou para escolas estaduais garantindo o transporte escolar”, justificou Vera. Não há insuficiência de professores por enquanto. No início desse mês tomaram posse mais 62 novos servidores para a Educação.
Aulas na Frederico Ferri só dia 28
Os alunos da Escola Frederico Ferri, no bairro Maggi de Césaro ainda não iniciaram o ano letivo. O local está sendo reformado e ampliado. Vera Vieira explicou que a construtora pediu mais uma semana para concluir a instalação dos banheiros e a ligação da água. As aulas atrasarão mais uma semana e deverão iniciar no dia 28 de fevereiro. “Acreditamos que até a metade de março estaremos inaugurando a ampliação. Estamos providenciando um novo calendário para escola. Esses alunos não perderão esses cinco dias”, afirmou Vera.
Educação Infantil também preocupa
A Educação Infantil é oferecida durante todo o ano e só para em alguns lugares em janeiro quando os pais estão em casa. Nesse mês, os pais que fizeram a inscrição em dezembro deverão realizar a matrícula. No ano passado foi registrado um déficit de 1,2 mil vagas. A secretária Vera disse que está prevista a construção de quatro novas unidades que deverão atender aproximadamente 600 alunos. A presidente do Conselho municipal enfatizou que esta é a grande carência do município. No ano passado, havia 2,6 mil alunos em 26 escolas de educação infantil.
Início tranquilo
Apesar da demanda de vagas em algumas instituições, a presidente do Conselho Municipal de Educação, Carla Corrales Garcez, o primeiro dia da rede municipal foi considerado tranquilo. Ela elogiou a formação e capacitação dada aos professores pela prefeitura afirmando que é um ponto positivo na rede, mas chamou a atenção para a demanda de vagas. “O município está se esforçando. Foram feitas várias reformas e ampliações. Mas, ainda não é o ideal, porque muitas escolas não conseguem atender a demanda”, disse Carla.
A Escola Benoni Rosado, no bairro São José, foi movimentado, mas conseguirá suprir a demanda. São cerca de 230 alunos do 1º ano a 8ª série. A diretora, Elizabeth Espíndola de Morais está com boas expectativas. Estão previstos a continuidade do programa Mais Educação com oficinas de xadrez, dança, horta escolar, recreação e lazer e reforço e projetos próprios da escola como a oficina de música. “Estamos com muita expectativa tanto na parte pedagógica quanto na estrutura física. Conseguimos acomodar todos os alunos e estamos conseguindo acomodar os novos pedidos”, comemorou a diretora.