Caso de dengue reforça necessidade de prevenção

Confirmação de uma pessoa contaminada com a doença e da presença de larvas do aedes aegypti na cidade coloca em alerta a população para a necessidade de eliminar pontos de água parada

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Leonardo Andreoli/ON

Foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde o primeiro registro positivo de dengue do ano. Embora e pessoa não tenha contraído a doença em Passo Fundo, o caso serve de alerta para a necessidade de prevenção. As chuvas e o calor dos últimos dias criam um clima favorável ao desenvolvimento das larvas do mosquito.

O caso confirmado da doença é de uma pessoa que mora em Palmeira de Goiás e tem família em Santa Rosa. Ela procurou tratamento na cidade e passa bem.

No país, diversos lugares têm registros de infestação do mosquito aedes aegypti – transmissor da dengue – e com epidemias da doença. Das 310 armadilhas monitoradas semanalmente, em apenas uma foram encontradas larvas do inseto. Num raio de 300 metros do foco, 100% dos imóveis estão sendo vistoriados por 42 agentes. A população recebe orientações sobre as medidas preventivas, e todos os depósitos de água parada são eliminados. O trabalho é coordenado por duas médicas veterinárias e um biólogo.

O coordenador da Vigilância Epidemiológica municipal, Edson Mocinho, enfatiza que neste momento não se pode negligenciar o cuidado com pontos de água parada. “É um período muito chuvoso e de temperaturas elevadas e são as condições favoráveis para proliferação do mosquito da dengue”, reitera. Ele destaca que a participação da população é fundamental neste processo. “A gente pede que todos os moradores façam a sua parte eliminando todo foco de água parada”, alerta.

Piscinas abandonadas

As chuvas e o acúmulo de água também preocupam moradores das proximidades do antigo Sport Club Gaúcho. As piscinas abandonadas acumulam a água das chuvas e poderiam ser focos para proliferação dos mosquitos. “As piscinas do Gaúcho estão sendo monitoradas. Cadastramos elas como ponto estratégico, então recebem visitas periódicas dos agentes”, ressalta.
Além de enviar as larvas encontradas ao laboratório regional para análise, também é aplicado um larvicida para evitar que os mosquitos se proliferem. No local, são encontrados mosquitos e larvas nas águas sujas das piscinas, no entanto esse não é motivo de preocupação. “Não temos um risco grande de ter infestação de aedes aegypti. Até porque o ambiente preferido pelo mosquito são depósitos de água limpa e parada, aquela água está contaminada e com certeza não é o depósito preferencial”, tranquiliza.

Esvaziamento
As piscinas deverão ser esvaziadas pela prefeitura em breve. Conforme Mocinho os proprietários da área foram notificados a fazer o serviço. No entanto, como alagaram não ter condições financeiras, a Secretaria de Obras ficou com a responsabilidade pelo trabalho. O secretário da pasta, Ermindo Simonetti, disse que ainda não recebeu o cronograma para realização da obra.

2010 e 2011

No final de 2010, foram notificados sete casos de suspeita de dengue. Destes, um foi confirmado de uma pessoa que contraiu a doença em Rio Verde, Goiás. Cinco foram descartados e um aguarda resultado. Em 2011, além do caso positivo, já foram 14 notificações, nove casos descartados, e outros quatro aguardam resultado. As duas pessoas contaminadas em 2010 e 2011 passam bem e não contraíram a doença na cidade.

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