O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou na semana passada, R$ 3,5 bilhões em recursos novos para aplicação em linhas de financiamento para programas de geração de emprego e renda em 2011. Somando esse valor as reaplicações dos financiamentos antigos serão R$ 7,7 bilhões que serão disponibilizados nos vários programas do FAT este ano.
O anúncio foi feito em reunião que contou com a presença dos ministros do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que solicitaram aos conselheiros um maior aporte de recurso para aplicação em financiamento a inovação tecnológica pelas empresas. Para Mercadante é equivocada a concepção de que inovação tecnológica não gera emprego. Ele citou os exemplos de empresas como a Petrobras e a Embraer que investem e tem conquistado competitividade em seus produtos com inovação tecnológica e com isso gerando empregos. "Nós propomos transformar a Financiadora de Projetos (Finep) num banco público que financie projetos de desenvolvimento tecnológico das empresas. O País inovou na agricultura e hoje o setor é um dos maiores exportadores do mundo. Não há como haver crescimento sem inovação", disse.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, defendeu a parceria com a Ciência e Tecnologia e o investimento de mais recursos em inovação. Ele destacou que o FAT é um fundo tripartite com forte presença das representações de trabalhadores e que aplica recursos no BNDES e também na Finep.
Em 2011, R$ 13,4 bilhões do orçamento do FAT estão destinados a políticas desenvolvidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). O restante vai financiar o pagamento de benefícios, a qualificação profissional de trabalhadores e a geração de emprego e renda.