Projeto do canil municipal começa a sair do papel

Capacidade inicial de atendimento será de mil animais, o que resolve impasse sobre possível fechamento do abrigo do Capa

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Glenda Mendes/ON

Está previsto para esta semana o início da terraplanagem do local onde será construído o canil municipal. A execução do projeto vai possibilitar que os animais abandonados tenham um local de abrigo até a adoção. Além disso, estão previstas a castração e tratamento médico. Com isso, a extinção do abrigo mantido pelo Capa estaria solucionada, pois os animais teriam um novo local de destino e com capacidade superior ao mantido pelo grupo.

De acordo com o médico veterinário Álvaro Tisot, da Secretaria do Interior, será utilizada uma área próxima ao patronato, na perimetral Norte. “Nossa ideia é abrigar animais de rua e os que estiverem excedendo o que permite a legislação atual para as residências, que é o máximo de 10 cães”, explica. Dessa forma, as pessoas que voluntariamente dão abrigo aos cães de rua poderão encaminhar os animais para o abrigo e cuidados do canil. “Nas casas onde extrapolar este número, a prefeitura vai dar este suporte para os excedentes e fornecer o devido tratamento para possíveis enfermidades, além de castrar e identificar para a adoção”, completa.

Outros casos que serão atendidos pelo canil são de animais que precisam ser retirados de determinados locais por ordem da promotoria, seja por causa de processos ou por incômodo público. “Para estes casos temos certa urgência em atender a demanda”, ressalta. Depois de resolver estes casos, os animais serão encaminhados ao abrigo conforme forem encontrados. “Será feito o trabalho como acontece ultimamente: conforme os voluntários recebem, em vez de levar para o Capa, por exemplo, poderão levar para o canil, onde receberão o tratamento adequado”, salienta.

A previsão é de construir um prédio com material de rápida conclusão, de concreto pré-moldado. Entretanto, como ainda é necessário abrir licitação para a obra não é possível prever o tempo de conclusão e de entrada em funcionamento dos serviços. “Como vai ser um canil modular, inicialmente a capacidade será para atender um número próximo a mil cães e também teremos espaço para alguns gatos. Depois, vamos ampliando conforme a necessidade”, explica Tisot.

Parceria com Meio Ambiente
“Este projeto tem o apoio e a parceria da Secretaria de Meio Ambiente”, afirma o responsável pela pasta, Clóvis Alves. Ao meio ambiente caberá a fiscalização e o suporte técnico, como o uso da viatura. Além disso, a secretaria está doando um pavilhão de 300 metros quadrados, que poderá ser utilizado para o depósito de material. “Somos nós que atendemos denúncias de maus tratos. Temos equipe, viatura, carrocinha para cavalos, pessoal treinado. Por isso daremos suporte”, enfatiza Alves.

Na clínica é que serão realizados os procedimentos cirúrgicos, tais como as castrações. “Em princípio, os animais que serão castrados na clínica, que vai continuar no quartel, serão os de rua. Mais tarde, quando for possível castrar animais da população carente será feito um cadastro com comprovação de renda. Para isso, vamos avisar a população e será feita triagem”, alerta Tisot.

Recursos do Capa
O Capa, que é o grupo que atualmente fornece abrigo para os animais de rua, recebe cerca de R$ 16.600 mensais através de destinação do Fundo Municipal de Meio Ambiente. Segundo a prestação de contas que encaminha mensalmente ao Conselho do Meio Ambiente, os gastos do Capa, porém, são superiores a R$ 20 mil por mês.

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