Aumenta demanda pelo ensino médio

Pelo menos 17 novas turmas de ensino médio foram abertas esta ano na rede estadual de ensino

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Glenda Mendes/ON

Início de ano letivo tranquilo é a avaliação da 7ª Coordenadoria Regional de Educação para os primeiros dias de aula na rede estadual. Em entrevista coletiva na manhã de ontem (2), a direção da 7ª CRE apresentou as primeiras demandas vindas das escolas. Diferente de outras ocasiões, a falta de professores não foi o principal foco e sim a criação de novas turmas de ensino médio para suprir a procura por vagas. “Estamos vivendo um novo tempo, temos um aumento significativo na demanda por ensino médio. Somente no Instituto Educacional Cecy Leite Costa mais oito turmas estão sendo abertas em 2011, seis já foram abertas e outras duas começam em breve. Na EENAV, foram mais de 12 anos de uma luta incansável pela abertura do curso Normal à noite, estamos abrindo três turmas. A solicitação era para uma, mas a demanda foi maior. No Adelino Pereira Simões são mais duas turmas. No Fagundes dos Reis, três. No Maria Dolores, uma”, comemora a coordenadora regional, Marlene Silvestrin.

De acordo com ela, uma das justificativas para este crescimento é a mudança das condições de vida e das oportunidades de ingresso em cursos de graduação. “Isso não é oficial, mas percebemos que existe uma mudança nos percentuais dos alunos que saem do ensino fundamental e ingressam diretamente no ensino médio. Anteriormente, os índices apontavam que apenas 60% dos concluintes do fundamental se matriculavam no médio. Hoje acreditamos que o percentual está aumentando, talvez por toda essa formulação de política pública em nível federal, estadual e local, onde entram questões como o Enem, Prouni, bolsa família e os incentivos e parcerias”, destaca a coordenadora.

Com isso cresce também a necessidade de professores e profissionais qualificados. “A formação dos professores é extremamente importante para responder a esta nova realidade”, salienta. Além disso, o oferecimento de vagas através de concurso público que deve ser aberto ainda este ano para contratações a partir de 2012, vem contribuir para esta nova realidade. “Esta era uma necessidade apontada pelos professores há mais de 10 anos”, completa.

Falta de professores
Conforme Marlene, a falta de professores tem sido um assunto apenas pontual em algumas poucas ocasiões. “Na absoluta maioria estamos com professores em sala de aula e alunos tendo aulas”, ressalta. Dessa forma, a crença da direção da 7ª CRE é de que “a resposta da educação seja de uma educação de qualidade, com dignidade, com obras nas escolas sendo feitas e com professor na sala de aula respondendo ao apelo da comunidade estudantil”.

Escolas indígenas
Num prazo de cerca de 90 dias deverá estar concluído o processo de criação das escolas indígenas na região de abrangência da 7ª CRE, que serão em Campo do Meio e Mato Castelhano. Estas escolas, segundo Marlene, serão móveis, ou seja, acompanharão a comunidade indígena, caso ela venha a trocar de local de instalação. Para isso, deve ser aberto edital para a contratação de professores da língua caingangue, pois existe a exigência de serem escolas bilíngues. “A criação e a obra das escolas indígenas dispõem de verba específica, então podemos afirmar que estão garantidas”, salienta.

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