Durante o período de férias escolares, os encontros dos jovens bombeiros mirins se reduziram a apenas dois semanais, contudo, neste dia 1º de março – data de volta às aulas nas escolas públicas estudais – o Programa Bombeiro Mirim retoma a rotina de encontros diários. 84 adolescentes entre 13 e 16 anos se reúnem no turno inverso ao das atividades escolares para participar de oficinas artísticas e artesanais, aulas de reforço escolar e treinamento de combate a incêndio e de primeiros socorros com o Corpo de Bombeiros oferecidos pelo projeto social. As duas turmas, a matutina integrando 34 jovens e a vespertina com 50, também recebem acompanhamento psicológico. O Programa é mantido pela Congregação das Irmãs de Notre Dame, Prefeitura Municipal de Passo Fundo e Corpo de Bombeiros.
Em busca do suporte do programa que há seis anos abre portas para adolescentes em situação de vulnerabilidade social – encaminhando-os, após atingirem o tempo máximo de permanência no projeto para o mercado de trabalho ou para a formação profissionalizante -, 16 novos integrantes se unem ao Bombeiro Mirim em 2011. Selecionados pela assistência social do programa, a partir de ficha sócio-econômica e visita às residências, os adolescentes além de participarem das atividades também recebem vales transportes, uniformes e lanche durante a sua permanência na sede no projeto, junto à Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social. Além disso, mensalmente suas famílias, que devem participar de encontros com a equipe do Programa Bombeiro Mirim e voluntários que promovem palestras e oficinas, recebem uma sacola econômica.
Novas parcerias
Além do auxílio à alimentação, os responsáveis e familiares dos jovens também tem a oportunidade de participar de oficinas artesanais. Desde dezembro, uma parceria com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e da Loja Maneca, possibilitou o ensino de técnicas de bordado tanto aos bombeiros mirins quanto suas famílias. Rosa Abel Fernandes, de 32 anos, mãe de três filhos – dos quais um é bombeiro mirim - participa desta oficina desde o seu início. Bordando chinelos com precisão, ela conta que, apesar de não poder trabalhar - pois tem de cuidar dos filhos pequenos - já consegue ajudar na renda familiar. “Até o final do ano queremos acabar de construir a nossa casa”, conta com sorriso nos lábios e emoção na voz.