Audiência pública realizada na noite de sexta-feira a pedido do Diretório Central de Estudantes da Universidade de Passo Fundo (DCE/UPF) trouxe como temática o possível aumento da tarifa do transporte coletivo no município. Na oportunidade, além do reajuste foram apontadas sugestões de melhorias para o serviço que tem provocado reclamação dos usuários.
A Secretária municipal de Transporte e Serviços Gerais, Mariniza Santos (PT), afirmou que até o momento não houve pedido de aumento por parte de nenhuma das empresas que têm a concessão para o transporte coletivo em Passo Fundo. “Não houve pedido de aumento, portanto, não há o que discutir sobre isso. Se recebermos oficialmente o pedido de reajuste, aí sim chamaremos uma nova audiência pública para discutir porque, na verdade, somente o prefeito é quem dá o aval final para um aumento de tarifa.”
O presidente do DCE/UPF, Antônio Carlos Antunes, destacou que a entidade tem se mobilizado juntamente com os Diretórios Acadêmicos parceiros entrando nas salas de aula com o objetivo de colher assinaturas contra um possível aumento de tarifa para levar até o Prefeito Municipal, Airton Dipp (PDT). “Nós entendemos que tem que haver melhorias na questão do transporte e que um novo aumento não pode ocorrer. Sabemos que outras cidades com percursos maiores que Passo Fundo tem valor inferior ao nosso. A nossa entidade tem se manifestado com adesivos e panfletos para tentar mobilizar os alunos”, comentou.
O presidente da Comissão de Educação e Bem Estar Social, Juliano Roso (PC do B)relatou que surpreendeu a quantidade de pessoas que se fizeram presentes. “Estudantes, sindicalistas, movimentos comunitários de lutas pela moradia. Isso demonstra que a população de Passo Fundo está atenta a esse debate. O que me chamou a atenção foi que não foi só uma audiência para discutir o aumento ou o não aumento da tarifa do transporte coletivo. Foi uma reunião rica em sugestões para melhorar o transporte coletivo. Agora nós vamos fazer um relatório e entregar o prefeito como contribuição. É um tema que deve ser debatido de forma permanente, não só em época de aumento de passagem. O aumento onera o empresário, o trabalhador, o estudante e todo o conjunto da população”, pontuou.
Sugestões
Durante a audiência foi sugerida a necessidade de haver uma licitação para maior transparência no processo, a passagem integrada que propicia o cidadão a usar somente uma passagem para percorrer duas linhas, a questão do estudante poder usar a meia passagem durante todo o ano, inclusive no período de férias, a quebra do monopólio da venda do vale transporte e do meio passo que hoje é feita por uma empresa privada, entre outros.
Empresas
As empresas não mandaram representantes para a audiência. Foram convidados para participar o Ministério Público, a Codepas, a Coleurb, a Transpasso, os DCE’s da Anhanguera e da Imed, a Uampaf, a Secretaria de Transporte e os Grêmios Estudantis. Compuseram a mesa de coordenação dos trabalhos a Secretária Mariniza Santos, Antônio Carlos Antunes, Juliano Roso, o vereador Alberi Grando (PDT), o presidente do DCE da Anhanguera, José Rodrigo, e o presidente do DCE da Imed, Eduardo Pelicioli.