Técnica avançada em engenharia genética

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A professora e pesquisadora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Dra. Magali Ferrari Grando, acaba de voltar do exterior, onde durante todo o mês de fevereiro participou de um treinamento de pesquisa em técnicas avançadas de engenharia genética
em plantas. Os estudos foram desenvolvidos na Iowa State University, em seu Centro de Transformação de Plantas (Plant Transformation Facility), na Cidade de Ames, Estados Unidos. O local é considerado modelo na transformação genética, produção de plantas geneticamente transformadas (transgênicos) de milho, arroz e soja. Os trabalhos foram orientados pela Dra. Kan Wang.

De acordo com Magali, o objetivo da viagem foi receber treinamento na transformação genética ou introdução de genes no milho com uma técnica inovadora, por meio de uma bactéria chamada Agrobacterium tumefaciens. Pelo método, o gene de interesse é introduzido primeiramente nessa bactéria, que num segundo momento transfere o gene de interesse diretamente no genoma, o DNA que se encontra no núcleo da planta que se quer modificar geneticamente.

Magali explica que a técnica tem sido bastante utilizada para introduzir genes em espécies como soja, algodão e batata, mas é considerada inovadora para plantas gramíneas e cereais, como é o caso do milho. “Alguns experimentos neste sentido já haviam sido realizados no Laboratório de Biotecnologia Vegetal da UPF, integrando alunos do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, entretanto, a metodologia necessitava ser aprimorada”, salienta.

Segundo Magali, o treinamento trouxe contribuições para o desenvolvimento das pesquisas na UPF. Entre eles, destaca que os estudos servem como suporte para execução de parte do projeto aprovado recentemente pela Fapergs/Pronex, em colaboração com a UFRGS, que visa a introdução de genes de resistência a insetos e fungos no milho, o qual faz parte da dissertação de doutorado da acadêmica Marília Rodrigues e Silva, do PPGAgro. Além disso, Magali considera o fortalecimento da linha de pesquisa de Biotecnologia e Melhoramento Vegetal da instituição.

A professora da UPF afirma ainda que em razão do treinamento será possível estabelecer colaboração internacional entre a Iowa State University e o Programa de Pós-Graduação em Agronomia e Laboratório de Biotecnologia Vegetal da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF no desenvolvimento de pesquisa de ponta em biotecnologia, o que, conforme ela, é importante ao desenvolvimento agrícola do Rio Grande do Sul.

Ainda, Magali ressalta a importância de poder contar com uma instituição que representa um centro de referência internacional na produção de plantas geneticamente modificadas e a possibilidade de colaboração científica para futuros projetos de pesquisa e mesmo de intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação.

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