Gerson Urguim/ON e Glenda Mendes/ON
O laudo da perícia do incêndio que destruiu o almoxarifado da prefeitura no dia 1° de dezembro do ano passado, e realizado por técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP), revelou-se inconclusivo.
O relatório foi entregue à 2ª Delegacia de Polícia de Passo Fundo em janeiro e só foi divulgado na terça-feira (22). Segundo o delegado Cláudio Edgar Trindade Belcamino, titular da 2ª Delegacia de Polícia, o resultado do laudo já era esperado. “Quando os peritos estiveram aqui na época do incêndio eles já haviam adiantado que seria difícil chegar a uma conclusão exata a respeito do incêndio. No próprio trabalho de rescaldo e remoção de escombros no combate ao incêndio os indícios se perderam”, explicou.
O delegado salientou também que a culpa não é do Corpo de Bombeiros que atendeu à ocorrência. “Os bombeiros agiram de forma correta. O procedimento é o mesmo em casos de incêndios como este. Mas é fato que, ao mexer nos escombros, a perícia é prejudicada”, afirmou.
O prédio de madeira em formato de meia lua, com cobertura de folhas de zinco, media cerca de 800 metros quadrados e foi construído para as festividades alusivas ao primeiro centenário de Passo Fundo, no ano de 1956. Posteriormente, em 1966 e 1968, serviu de palco para a realização da 1ª e 2ª Efrica. Até ser destruído pelo incêndio, o prédio vinha sendo utilizado como almoxarifado.
Posição da prefeitura
Ainda em dezembro do ano passado, o prefeito nomeou uma comissão para fazer o relatório dos prejuízos causados com o incêndio. Este material foi encaminhado ao delegado para auxiliar no processo de investigação. “Tomei as providências para buscar cópia do laudo, pois não sabíamos que estava em Passo Fundo. Mas as providências nossas foram todas tomadas. Nós participamos de toda a notificação para depoimento e nos fizemos presente, eu como secretário da Administração, a secretária de Educação, os coordenadores administrativos da SME e o coordenador de patrimônio, além de servidores que trabalhavam no local”, explica o secretário de Administração, Paulo Magro, que também presidiu a comissão que fez o levantamento dos prejuízos. “Estivemos lá para dar informações e inclusive eu levei a cópia do relatório da época, isso foi em 16 de dezembro 2010”, completa Magro.
De acordo com ele, a expectativa do município agora é com relação à finalização das investigações e encaminhamento do caso ao Judiciário. “Nós fizemos a nossa parte, que foi instruir todo o processo do relatório com a avaliação do prejuízo com o sinistro. Este relatório foi entregue na Delegacia e foi elaborado pela comissão, da qual eu era o presidente na época. Todas as informações, dentro do que nós levantamos, repassamos para o delegado. Soube também que outras pessoas foram ouvidas e agora a questão está na esfera do inquérito policial. Esperamos, com a chegada do laudo, que seja possível concluir a investigação e encaminhar para o judiciário”, salienta Magro.
Os prejuízos
O fogo que consumiu o prédio do almoxarifado da prefeitura somou um prejuízo de R$ 511.576,49. Entre os bens perdidos estavam materiais de sete Secretarias, além de materiais de expediente, elétrico e de limpeza destinados a rede municipal de Educação. Também computadores, notebooks e diversos outros objetos que seriam destinados para a Secretaria de Segurança, adquiridos através do Pronasci, foram destruídos. O valor do prédio de 700 m² não foi incluso na soma.