Doadores por experiência própria

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Gerson Lopes/Especial ON

A maior homenagem prestada aos 15 anos do Hemopasso, completados ontem, foi justamente a presença de dezenas de doadores, durante todo o dia, para celebrar a data prestando um ato de solidariedade. A procura fez a média diária subir de 50 para 105 doações. Decorada com balões e lanches especiais, a sala de atendimento reuniu estudantes da Faculdade de Odontologia, que participavam de uma gincana, representantes de uma Ong e, principalmente, pessoas que tornaram-se doadores após enfrentar de perto, em algum momento da vida, a luta em busca de sangue para seus familiares.
Conhecendo a importância do gesto como poucos, a comerciária Luciana dos Santos, 31 anos, aproveitou o intervalo no trabalho para fazer sua doação. Durante três anos e meio, o filho dela lutou contra a leucemia. A cada sessão de tratamento, iniciava uma verdadeira corrida atrás de até 15 doadores. “Era um sufoco, pedia para os parentes, vizinhos e amigos. Aos poucos fui formando uma rede, muita gente me ajudou” lembra.
Mesmo tendo perdido o filho, o qual tinha nove anos, a comerciária não desistiu de continuar na luta por outras pessoas. Desde lá, tornou-se doadora de carteirinha. Pelo menos três vezes ao ano, comparece no Hemopasso para fazer sua contribuição. Luciana também chama a atenção para a importância da doação de medula óssea. “Acredito que as pessoas ainda estão mal informadas sobre essa questão. Basta fazer a retirada do sangue como em um exame qualquer, muitos não sabem disso” alerta.
Kely Diane Falcão de Moura, 25 anos, ainda era uma adolescente quando percebeu a importância de um doador. Enquanto aguardava atendimento, contou que a experiência veio com uma sobrinha recém-nascida. Menor de idade, Kely acompanhava o drama da família sem poder ajudar. “Eu não lembro o nome da doença dela, mas às vezes precisava de até 60 doadores. Como eu era pequena não podia doar”. A partir daquela experiência, decidiu que seria doadora assim que completasse os 18 anos. Além de cumprir a missão, Kely também tenta engrossar a fila de doadores. “Convidei algumas amigas para me acompanhar, falei da data, mas ninguém aceitou”, lamenta.
HemoVida garante estoque de sangue para moradores de Espumoso
O aniversário do Hemopasso contou ainda com a presença do grupo de doadores HemoVida, de Espumoso. A Ong surgiu há sete anos, com a intenção de fornecer sangue para pacientes do município. A iniciativa foi ganhando novos adeptos e hoje conta com mil doadores de sangue cadastrados e 600 doadores de medula óssea. As doações no Hemopasso acontecem mensalmente e são feitas por pelo menos 50 pessoas. “Lotamos um ônibus e viemos para cá todo mês. Para os moradores de Espumoso não falta sangue”, garante a presidente do HemoVida, Lourdes Vargas dos Santos. Municípios vizinhos, como Campos Borges e Alto Alegre, já estão se integrando ao grupo e contribuindo com doações. O projeto é desenvolvido apenas por voluntários e os recursos para pagamento das despesas adquiridos através de doações. A Ong funciona em uma sala cedida pela Leão XIII. Mais informações sobre o HemoVida podem ser adquiridas através do telefone (054) 8122-2288.

A maior homenagem prestada aos 15 anos do Hemopasso, completados ontem, foi justamente a presença de dezenas de doadores, durante todo o dia, para celebrar a data prestando um ato de solidariedade. A procura fez a média diária subir de 50 para 105 doações. Decorada com balões e lanches especiais, a sala de atendimento reuniu estudantes da Faculdade de Odontologia, que participavam de uma gincana, representantes de uma Ong e, principalmente, pessoas que tornaram-se doadores após enfrentar de perto, em algum momento da vida, a luta em busca de sangue para seus familiares.Conhecendo a importância do gesto como poucos, a comerciária Luciana dos Santos, 31 anos, aproveitou o intervalo no trabalho para fazer sua doação. Durante três anos e meio, o filho dela lutou contra a leucemia. A cada sessão de tratamento, iniciava uma verdadeira corrida atrás de até 15 doadores. “Era um sufoco, pedia para os parentes, vizinhos e amigos. Aos poucos fui formando uma rede, muita gente me ajudou” lembra.Mesmo tendo perdido o filho, o qual tinha nove anos, a comerciária não desistiu de continuar na luta por outras pessoas. Desde lá, tornou-se doadora de carteirinha. Pelo menos três vezes ao ano, comparece no Hemopasso para fazer sua contribuição. Luciana também chama a atenção para a importância da doação de medula óssea. “Acredito que as pessoas ainda estão mal informadas sobre essa questão. Basta fazer a retirada do sangue como em um exame qualquer, muitos não sabem disso” alerta.Kely Diane Falcão de Moura, 25 anos, ainda era uma adolescente quando percebeu a importância de um doador. Enquanto aguardava atendimento, contou que a experiência veio com uma sobrinha recém-nascida. Menor de idade, Kely acompanhava o drama da família sem poder ajudar. “Eu não lembro o nome da doença dela, mas às vezes precisava de até 60 doadores. Como eu era pequena não podia doar”. A partir daquela experiência, decidiu que seria doadora assim que completasse os 18 anos. Além de cumprir a missão, Kely também tenta engrossar a fila de doadores. “Convidei algumas amigas para me acompanhar, falei da data, mas ninguém aceitou”, lamenta.

HemoVida garante estoque de sangue para moradores de Espumoso

O aniversário do Hemopasso contou ainda com a presença do grupo de doadores HemoVida, de Espumoso. A Ong surgiu há sete anos, com a intenção de fornecer sangue para pacientes do município. A iniciativa foi ganhando novos adeptos e hoje conta com mil doadores de sangue cadastrados e 600 doadores de medula óssea. As doações no Hemopasso acontecem mensalmente e são feitas por pelo menos 50 pessoas. “Lotamos um ônibus e viemos para cá todo mês. Para os moradores de Espumoso não falta sangue”, garante a presidente do HemoVida, Lourdes Vargas dos Santos. Municípios vizinhos, como Campos Borges e Alto Alegre, já estão se integrando ao grupo e contribuindo com doações. O projeto é desenvolvido apenas por voluntários e os recursos para pagamento das despesas adquiridos através de doações. A Ong funciona em uma sala cedida pela Leão XIII. Mais informações sobre o HemoVida podem ser adquiridas através do telefone (054) 8122-2288.

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