60% de queda nas vendas = 100% de tranquilidade

Conveniência ou inconveniência? Parte 2

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Dos seis pontos principais de perturbação do sossego alheio mo município, quatro estão localizados na região central. O barulho é intensificado na noite dos finais de semana e durante as quintas e sextas-feiras próximo as lojas de conveniência.  Nas tardes de domingo, a perturbação acontece na Avenida Brasil, entre a Teixeira Soares e Capitão Eleutério. A concentração de pessoas em um mesmo ponto e o movimento dos veículos com som alto estão entre os fatores que mais tiram o sono dos moradores. Para amenizar os transtornos e algazarras, um dos proprietários de postos de combustível da cidade resolveu fechar o estabelecimento a meia-noite. São 60% a menos de vendas, mas ele afirma que ganhou tranquilidade. 
Segundo a Secretaria de Segurança, o barulho se concentra especialmente, na Moron (entre Fagundes dos Reis e Capitão Eleutério), General Neto (entre Paissandu e Uruguai), General Neto (entre General Canabarro e Independência), Avenida Presidente Vargas (entre a Daltro Filho e a Prestes Guimarães), Avenida Brasil (entre Capitão Araújo e Teixeira Soares) e imediações da rua Soledade (bairro Vera Cruz).
O secretário de Segurança Pública, Márcio Patussi explicou que nesses locais a perturbação é exagerada. O som se propaga facilmente na região central e para chegar aos 55 decibéis não precisa de muito barulho. A presença de pessoas falando, outras gritando e algumas tocando violão misturado ao movimento de veículos com o volume alto dos aparelhos de som provocam uma enorme dor de cabeça e revolta dos moradores. “Precisamos agir e achar uma solução para o problema”, afirmou Patussi.
General Neto poderá ter estacionamento proibido
As operações intituladas “Sossego” da Brigada Militar em parceria com a Secretaria de Segurança estão sendo intensificadas e provocam resultados. No entanto, apenas a fiscalização ainda não é suficiente para sanar definitivamente o problema. No ano passado, os estacionamentos da Moron e Capitão Eleutério foram proibidos das 22h às 06h. Em alguns trechos, o problema reduziu 80%. Mesmo assim, a concentração de pessoas no local é intensa.
Depois dessa proibição, o movimento migrou para o entorno de outros postos de combustível localizado na General Neto. Para amenizar de imediato o barulho, o Executivo estuda a possibilidade de também proibir o estacionamento nesses pontos. “Estamos pensando em aplicar essa medida em outros dois pontos, mas a ideia precisa ser amadurecida com os moradores do local”, explicou Patussi.
Projeto de Lei para fechar lojas de conveniência
Patussi acredita que o projeto do vereador Luiz Miguel que tramita no Legislativo veio em boa hora, mas ainda é preciso haver uma maior discussão entre proprietários, moradores e sociedade em geral. Ele pensa que é necessário realizar uma Audiência Pública e de repente ampliar o horário previsto no projeto que é das 2h às 06h para algumas horas antes. 
Alternativas
Passo Fundo abrange várias instituições de ensino superior e a presença de jovens no município é intensa. O município está a procura de um espaço para concentrar essas pessoas. Há dois locais que estão sendo analisados: o Parque da Gare e o Parque da Roselândia. “A juventude tem todo o direito de ficar na rua, mas temos que impor limite, porque da forma que está não dá”, disse Patussi.
((((((((((((((((((((((((((DESTAQUE)))))))))))
Proprietário resolveu fechar a loja de conveniência
O proprietário do posto Lar da Menina, na Avenida Presidente Vargas, Jakson Lara tomou uma atitude radical para evitar os incômodos: fechou por iniciativa própria a loja de conveniência da meia-noite às 6h da manhã.  Ele é dono de postos há 15 anos. Lara preferiu a perda de lucros à algazarra que se formava nas imediações do estabelecimento. “Você não imagina o quanto que vendíamos durante as noites e madrugadas, principalmente bebidas. Mas em compensação o incômodo era impressionante. Havia algazarras, juntava tudo que não prestava. Os três seguranças não davam conta”, revelou Jakson.
A atitude de fechar o posto de combustível partiu no Carnaval de 2010. Além de vizinhos reclamando, o posto era assaltado no mínimo três vezes por semana. “Preferi tomar essa atitude para dormir tranquilo”, disse o proprietário.
Lara ressaltou que o movimento na Avenida Presidente Vargas continua, mas com o fechamento do posto, a bagunça diminuiu bastante. 

 

Dos seis pontos principais de perturbação do sossego alheio mo município, quatro estão localizados na região central. O barulho é intensificado na noite dos finais de semana e durante as quintas e sextas-feiras próximo as lojas de conveniência.  Nas tardes de domingo, a perturbação acontece na Avenida Brasil, entre a Teixeira Soares e Capitão Eleutério. A concentração de pessoas em um mesmo ponto e o movimento dos veículos com som alto estão entre os fatores que mais tiram o sono dos moradores. Para amenizar os transtornos e algazarras, um dos proprietários de postos de combustível da cidade resolveu fechar o estabelecimento a meia-noite. São 60% a menos de vendas, mas ele afirma que ganhou tranquilidade. Segundo a Secretaria de Segurança, o barulho se concentra especialmente, na Moron (entre Fagundes dos Reis e Capitão Eleutério), General Neto (entre Paissandu e Uruguai), General Neto (entre General Canabarro e Independência), Avenida Presidente Vargas (entre a Daltro Filho e a Prestes Guimarães), Avenida Brasil (entre Capitão Araújo e Teixeira Soares) e imediações da rua Soledade (bairro Vera Cruz).O secretário de Segurança Pública, Márcio Patussi explicou que nesses locais a perturbação é exagerada. O som se propaga facilmente na região central e para chegar aos 55 decibéis não precisa de muito barulho. A presença de pessoas falando, outras gritando e algumas tocando violão misturado ao movimento de veículos com o volume alto dos aparelhos de som provocam uma enorme dor de cabeça e revolta dos moradores. “Precisamos agir e achar uma solução para o problema”, afirmou Patussi.

General Neto poderá ter estacionamento proibido

As operações intituladas “Sossego” da Brigada Militar em parceria com a Secretaria de Segurança estão sendo intensificadas e provocam resultados. No entanto, apenas a fiscalização ainda não é suficiente para sanar definitivamente o problema. No ano passado, os estacionamentos da Moron e Capitão Eleutério foram proibidos das 22h às 06h. Em alguns trechos, o problema reduziu 80%. Mesmo assim, a concentração de pessoas no local é intensa.Depois dessa proibição, o movimento migrou para o entorno de outros postos de combustível localizado na General Neto. Para amenizar de imediato o barulho, o Executivo estuda a possibilidade de também proibir o estacionamento nesses pontos. “Estamos pensando em aplicar essa medida em outros dois pontos, mas a ideia precisa ser amadurecida com os moradores do local”, explicou Patussi.

Projeto de Lei para fechar lojas de conveniência

Patussi acredita que o projeto do vereador Luiz Miguel que tramita no Legislativo veio em boa hora, mas ainda é preciso haver uma maior discussão entre proprietários, moradores e sociedade em geral. Ele pensa que é necessário realizar uma Audiência Pública e de repente ampliar o horário previsto no projeto que é das 2h às 06h para algumas horas antes. 

Alternativas

Passo Fundo abrange várias instituições de ensino superior e a presença de jovens no município é intensa. O município está a procura de um espaço para concentrar essas pessoas. Há dois locais que estão sendo analisados: o Parque da Gare e o Parque da Roselândia. “A juventude tem todo o direito de ficar na rua, mas temos que impor limite, porque da forma que está não dá”, disse Patussi.

Proprietário resolveu fechar a loja de conveniênciaO proprietário do posto Lar da Menina, na Avenida Presidente Vargas, Jakson Lara tomou uma atitude radical para evitar os incômodos: fechou por iniciativa própria a loja de conveniência da meia-noite às 6h da manhã.  Ele é dono de postos há 15 anos. Lara preferiu a perda de lucros à algazarra que se formava nas imediações do estabelecimento. “Você não imagina o quanto que vendíamos durante as noites e madrugadas, principalmente bebidas. Mas em compensação o incômodo era impressionante. Havia algazarras, juntava tudo que não prestava. Os três seguranças não davam conta”, revelou Jakson.A atitude de fechar o posto de combustível partiu no Carnaval de 2010. Além de vizinhos reclamando, o posto era assaltado no mínimo três vezes por semana. “Preferi tomar essa atitude para dormir tranquilo”, disse o proprietário.Lara ressaltou que o movimento na Avenida Presidente Vargas continua, mas com o fechamento do posto, a bagunça diminuiu bastante. 

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