Daniella Faria/ON
A Diocese de Passo Fundo recebeu na manhã de ontem a confirmação da elevação para Arquidiocese e comemorou a oficialização do reconhecimento. A notícia foi dada pelo agora Arcebispo Dom Ercílio Simon. A alteração é que com promoção para Arquidiocese, Passo Fundo abrangerá também as Dioceses de Erechim, Vacaria e Frederico Westphalen. Isso compreenderá uma população de 1,3 milhão de habitantes e mais de 200 paróquias. Além da promoção, também foi criada a Província Eclesiástica de Passo Fundo. Antes era veiculada a de Porto Alegre, conhecida como do Rio Grande do Sul. A Província tinha 18 dioceses, a maior do mundo. Além de Passo Fundo, Santa Maria e Pelotas também receberam a elevação. “Isso mostra que o Papa reconheceu o nosso trabalho. A Arquidiocese nada mais é do que um conjunto de diocese que se reúnem através de um trabalho comum”, diz.
A história religiosa de Passo Fundo começou em 1.835, quando as terras começaram a ser colonizadas. Essa foi a data de criação da primeira capela da cidade. Em 1847 se transformou em paróquia. E em 1951, há exatos 60 anos, foi elevada para diocese. “Se observarmos foi um crescimento lento, mas significativo. Quanto aos bispos e padres, eles passam. Mas a instituição fica, e esse foi um passo que vai permanecer”, ressalta. Dom Ercílio destaca ainda que apesar da elevação somente agora, a Diocese já exercia algumas funções maiores. Há cerca de 30 anos já existia a organização interdiocesana, que é uma preparação para a promoção. “Já trabalhávamos muito em conjunto com as outras dioceses. Temos a formação dos padres, o tribunal eclesiástico, a pastoral indiginista. Só recebemos o reconhecimento, e os nomes foram trocados, porque a realidade já existia”, avalia.
Com isso, a Catedral também ganha um novo título, de Catedral Metropolitana. Para o Arcebisto, o novo título será um chamariz a mais no turismo religioso para a cidade. “Já somos referencia no grande evento da Romaria de Nossa Senhora Aparecida em outubro. Isso certamente também contou pontos para que tivéssemos a elevação”, fala. Quanto a autonomia sobre as outras diocese, ele explica que isso não deve acontecer. Cada bispo tem gerência sobre sua diocese. O Arcebispo só ajuda na união dos planos para que sejam conjuntos e tenham uma linha em comum. “A vantagem é que teremos mais facilidade da comunicação com o Vaticano. Nós que nos pronunciaremos com a Nunciatura, que é o representante do Papa. Com isso, teremos uma ligação mais próxima”, destaca.
Diferentemente dos bispos, não há uma celebração de posse. Entretanto, uma missa especial será organizada, com a possível presença dos três outros bispos das outras dioceses abrangentes, para a apresentação da novidade a comunidade. A data ainda não está definida.