Limpeza no Rio Passo Fundo começa na próxima semana

Em reunião com a Cebes, o secretário Clóvis Alves alertou para a educação ambiental e reconheceu que a situação do rio está crítica

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Fernanda Bruni/ON

O Secretário Municipal do Meio Ambiente, Clóvis Alves (PSB), participou de uma reunião da Comissão de Educação e Bem Estar Social (Cebes) para esclarecer a atual situação do Rio Passo Fundo que, em determinados pontos está com acúmulo de sujeira de todos os tipos em sua superfície e com excesso de esgoto cloacal jogado na parte submersa. A atual situação do rio foi amplamente divulgada pelo jornal O Nacional nas últimas duas semanas o que acabou provocando a Cebes a realizar essa reunião com o secretário. A limpeza terá início no começo da semana que vem.

“Nós estamos fazendo uma operação em parceria com o Batalhão Ambiental e vamos contar com a parceria da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos para a retirada desse material. Porém, o volume muito grande. Estimamos que tenham de três a seis toneladas de lixo no local, mas só vamos conseguir mensurar melhor quando começarmos a mexer. Vamos precisar de uma ou duas dragas porque o rio, neste ponto, está assoreado, ou seja, tem muita terra e areia”, disse Alves. Segundo o secretário, houve a necessidade de um pedido de licença a Divisão de Florestas e áreas Protegidas (Defap) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente por ser uma área de preservação permanente.

O secretário destacou que o maior problema de poluição nos recursos hídricos no perímetro urbano é o esgoto cloacal que é despejado dentro dos rios e arroios. “Temos a questão do lixo que impacta mais pelo aspecto visual, mas o principal problema do Rio Passo Fundo é o esgoto e com certeza ele vai ser solucionado com o novo contrato coma Corsan onde as obras de rede coletora já estão sendo executadas”, comentou.  

Alves afirmou que Rio Passo Fundo esta numa situação bem crítica, embora as obras de rede de esgoto estejam num processo acelerado. “Estamos dando um salto de 12% que tínhamos de rede coletora para 55% e isso é muito significativo porque estão sendo feitas em pontos estratégicos na bacia do Rio Passo Fundo. As vias estão esburacadas, causam transtornos aos motoristas, mas são obras necessárias e urgentes. Precisamos revitalizar o nosso rio porque, realmente, sem água, nós não vamos ter desenvolvimento e nem vida”, argumentou.  

Algumas ações práticas com relação à coleta seletiva de lixo, em relação a obras e educação ambiental estão sendo realizadas. “Estamos distribuindo uma cartilha feita por diversas entidades governamentais e não governamentais, patrocinada por empresas particulares e vai chegar às mãos de todas as crianças da nossa cidade. É um grande projeto de conscientização porque não adianta retiramos tudo e depois voltar a colocar lixo dentro do rio”, destacou. O secretário também disse que, após a retirada do lixo do rio, será feita uma exposição no centro da cidade de tudo o que foi retirado para provocar a conscientização da população.

Cebes
O presidente da Cebes, vereador Juliano Roso (PC do B), que comandou a reunião, mostrou fotos divulgadas por O Nacional que o impressionaram e alegou que isso é muito grave. “Graças à divulgação da imprensa, a matéria repercutiu e, motivados por essas notícias, nós fizemos essa reunião e tivemos uma resposta”, disse.

“O secretário Clóvis aceitou o nosso convite para resolver a situação do lixo no Rio Passo Fundo. Foi positiva a presença dele, acredito que essa reunião foi fundamental para acelerar a secretaria a resolver o problema, desde que o convidamos na quarta-feira da semana passada a secretaria se mobilizou e eu acho que a reunião cumpriu o seu papel”, comentou. “Claro que a gente gostaria de ter ouvido do secretário que o problema já estava resolvido, mas já tivemos um indicativo de que ele será resolvido na semana que vem quando vai conta com o maquinário da prefeitura”, salientou Roso.

Uma outra questão levantada pelo presidente da Cebes é que o secretário alegou ser o esgoto o maior problema do Rio Passo Fundo, mas, segundo Roso, não se pode resolver apenas um problema quando se ter um outro que é o lixo na superfície que é visível e choca pela quantidade. “É o cartão postal da cidade, o nome, a história. O município devia tomar como prática fazer uma limpeza mais constante no rio seja manual, ou mutirões ou por força tarefa, mas não esperar chegar onde chegou”, finalizou.

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