Polícia conclui TC no caso de denuncia de agressão em escola

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O Termo Circunstanciado (TC), instaurado para apurar a denúncia de suposta agressão praticada pelo professor Valdecir Norberto Corteze, 61 anos, contra uma aluna, de 11 anos, na escola estadual Anna Luiza Ferrão Teixeira, já foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (JEC), pelo titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, delegado Mario Pezzi. Além do TC, Corteze responde a uma sindicância na 7ª Coordenadoria de Educação e a um procedimento administrativo no Ministério Público.  

O fato ocorreu em 13 de abril durante um período para a turma da 5ª série. Alunos filmaram, com celular, o momento em que o professor de ciências,  segura a aluna pelo braço e  a leva até a cadeira. No boletim de ocorrência, o fato foi registrado como vias de fato, mas não foi confirmada nenhum tipo de lesão. Por se enquadrar nos chamados crimes de menor potencial ofensivo, a Polícia Civil abriu um Termo Circunstanciado. Pezzi ouviu depoimentos da aluna e da mãe dela, além do professor, e de algumas estudantes da turma e encaminhou o material para a justiça. Com a conclusão dos trabalhos, as duas partes devem participar de uma audiência conciliatória no fórum de Passo Fundo. Caso não haja acordo, o TC volta para a delegacia para a realização de diligências complementares.

Em entrevista ao O Nacional, Corteze declarou ter sido vítima de uma ação planejada por um grupo de alunos. Dias antes, ele já havia levado a mesma menor duas vezes para a secretaria por problemas disciplinares.

No dia 27 de abril, o professor concedeu entrevista ao Jornal O Nacional. Relembre alguns trechos:

 “Eu imagino que tenha sido provocado. Estavam com três ou quatro celulares na sala de aula. Quando entrei, começaram a pedir para sair, ir até o lixo, falar com o fulano. Tinham dois ou três que eu mandava sentar e eles não sentavam. Pediam para apontar o lápis. Eu senti que era para me provocar...”

“Eu agi de forma errada forçando ela a sentar, reconheço, mas não a agredi em nenhum momento. Não é do meu temperamento. Cheguei no limite porque ela vinha me provocando, dizia que eu não podia encostar nela. Levantava para conversar. Sou completamente diferente, sou calmo, gosto de brincar, conversar. Dou aula para a 7ª e 8ª séries, na mesma escola,   eles me adoram. Dou aula no segundo grau do Cecy, também gostam muito de mim, fizeram um abaixo-assinado pedindo minha volta. É um relacionamento de amigo, não sou de brigar. Gosto de conversar ensinar, dialogar. Com essa turma infelizmente não é possível”.

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