Natália Fávero/ON
A escolha da Escola de Educação Infantil é uma das tarefas mais difíceis para os pais nos primeiros passos da educação básica dos filhos. Atualmente, muitos preferem matricular a criança em uma escolinha do que contratar uma babá. Entre as razões estão a criação de laços de amizade, confiança, a possibilidade das crianças se conhecerem e respeitarem os outros e o aprendizado pedagógico. O Conselho Municipal de Educação (CME) alerta para os cuidados que os pais devem ter para escolher a instituição mais adequada.
O CME é o órgão responsável pela Educação Infantil do município e através de resoluções fixa normas para as escolas municipais, assistenciais e particulares de Passo Fundo. O conselho por meio da Comissão de Educação Infantil realiza visitas de acompanhamento e orientação às escolas para que se estruturem conforme as regras.
Segundo a presidente do CME, Carla Corrales Garcez, os pais devem observar alguns critérios na hora de escolher a escola. “Eles devem prestar atenção se a escola possui alvará de funcionamento da Secretaria de Saúde e dos bombeiros, se ela tem autorização do Conselho Municipal de Educação, se os professores têm qualificação profissional e se a estrutura do local oferece segurança, espaços adequados e condições de higiene”, alerta Carla. O número do telefone do CME para informações é o (54) 3312-1171.
A hora mais difícil
Mais complexo do que escolher a escolinha é conseguir quebrar um pouco o laço materno. Algumas crianças frequentam a educação infantil desde os primeiros meses de vida. A decisão de deixar o filho que até então dependia essencialmente dos cuidados da mãe é muito difícil. A jornalista Daniela Wiethölter está passando por essa experiência. Mãe de Maria Eduarda, de dois meses e meio, daqui mais alguns meses ela terá que matricular a filha em uma escolinha porque vencerá a licença maternidade. “Para falar a verdade ainda não estou muito preparada para essa separação, mas estou me cercando de cuidados e preciso encontrar um lugar seguro para deixar ela”, diz Daniela.
A jornalista decidiu pela escola ao invés de uma babá por questões de segurança, financeira e pedagógica. Nas escolas em que visitou, Daniela observou a estrutura física, a capacidade de atender todas as idades, as condições de higiene em todas as salas e a questão do educar do estabelecimento. “A primeira coisa que eu fiz foi ouvir mães que nesse momento tem filhos em escolas de educação infantil. Não visitei nenhuma sem recomendação. Depois procurei o Conselho Municipal de Educação para me certificar se as escolas estavam enquadradas nas normas e se possuíam reclamações”, aconselha Daniela.
Dicas do Conselho Municipal de Educação (CME):
1 – Verificar se a escola possui autorização para funcionamento do CME, alvará da Secretaria de Saúde, alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndio. Esses documentos deverão estar visíveis na escola.
2 – O regimento, o projeto político pedagógico e a proposta curricular devem estar aprovados pelo CME.
3 – Os professores deverão ter curso superior em Pedagogia anos iniciais ou em educação infantil.
4 – Ao visitar a escola, observar o espaço físico, salas de aula, pátio, parquinho, salas de atividades múltiplas, refeitório, cozinha...
5 - Verificar se a escola possui uma coordenação bem estruturada em todos os setores, professores, auxiliares, cozinheiras, equipe multidisciplinar.
6 - Como será o lanche? A escola oferece à criança ou irá trazer de casa. Onde as crianças lancham. Tem refeitório. Se a escola oferece. Quem faz o cardápio, quem prepara os lanches.
7 - Que outras atividades a escola oferece com quais profissionais.
8 - Busque referências da escola com pessoas conhecidas.
9 - Como é a participação dos pais na escola, tem reuniões, como são programadas com que frequência.
10 - Como as crianças estão organizadas, por níveis (idades)?