Gerson Lopes/ON
Restando pouco mais de um mês para terminar o primeiro semestre do ano letivo, estudantes da escola estadual de ensino fundamental Salomão Iochpe, na vila Cruzeiro, ainda não tiveram aula de ensino religioso em 2011, devido à falta de professores. O problema é ainda mais grave para as três turmas da 5ª séries, que sofrem com ausência de um professor de Educação Artística e Educação Física. A direção precisou readequar o calendário para poder dispensar os alunos nos horários dessas disciplinas. “É uma situação que vem se arrastando desde o início do ano, já fizemos várias solicitações, e sempre recebemos a notícia de que o problema será solucionado, mas o tempo está passando e até agora nada” diz a diretora Adriana Moliterno Domingos.
Projetos prejudicados
Além da falta de professores, o número reduzido de funcionários tem dificultado os serviços de manutenção do prédio e cumprimento de projetos. A partir do mês de abril, a escola passou a desenvolver o programa Mais Educação, em parceria com o Governo Federal. Pelo contrato, os alunos inscritos permanecem na escola após o turno da manhã; recebem almoço e participam de oficinas culturais e esportivas à tarde. Com a falta de merendeiras para o preparo do almoço, os 165 estudantes retornam para casa ao meio-dia. “Pelo projeto eles devem permanecer em turno integral na escola, não estamos conseguindo cumprir essa meta. Precisamos de duas merendeiras para preparar a comida” revela Adriana.
Responsável pelo departamento de Recursos Humanos da 7ª Coordenadoria de Educação, Alcione Dagostine Annes, garante que a carência de professores na escola Salomão Iochpe, para as três disciplinas, deverá ser resolvida nos próximos dias. “Na disciplina de ensino religioso, o professor deverá iniciar ainda hoje, para educação física e Artística, já estão contratos e estão realizando exames” afirma. Alcione disse ainda que a situação também deverá ser resolvida nas escolas Monte Castelo e Mário Quintana.
Já o problema das merendeiras deve se arrastar por um período maior. Alcione alega que desde março, vários pedidos para contratação de pessoas na área estão sendo atendidos, mas a demora na realização dos exames acaba atrasando um pouco mais o processo de contratação. Para ela, a falta de concursos público para a contratação de novos professores e de funcionários tem refletido no dia a dia das escolas.