Força-tarefa vai auxiliar agência florestal de Passo Fundo

A intenção é desafogar os cerca de 200 processos parados na Agência Florestal de Passo Fundo

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Gerson Lopes/ON

Uma força-tarefa do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, vai permanecer até sexta-feira na região norte do Estado para auxiliar a agência de Passo Fundo no trabalho de vistorias, pareceres junto ao Ministério Público, liberação de licenciamentos e projetos de recuperação de áreas degradadas.
    
A equipe, formada por cinco técnicos ambientais vai atuar, principalmente, nos municípios de Espumoso, Ibirubá e Carazinho. A intenção é desafogar os cerca de 200 processos parados na Agência Florestal de Passo Fundo. O acúmulo é resultado do fechamento dos escritórios na região, ocorrido há dois anos. De lá para cá, todo o trabalho ficou concentrado no município, que conta com apenas dois funcionários.
    
“Em razão dessa demanda, estamos iniciando o trabalho por aqui. Vamos ficar até o final da semana, mas se não conseguirmos terminar o trabalho nesse período, retornaremos novamente” afirma o diretor do Defap, Roberto Magnos Ferron, que anunciou, para as próximas semanas, a reabertura das agências florestais de Carazinho, Vacaria e Palmeira das Missões.

Entre os principais problemas enfrentados na região, Ferron destaca a drenagem de banhados, fogo em mato e corte de vegetação sem licença. Para mudar essa realidade, o órgão pretende iniciar, a partir do próximo mês, uma campanha de educação florestal tendo como referências, a araucária e o papagaio charão, dois importantes representantes da flora e fauna.

Em relação à araucária, a intenção da campanha é desmitificar a idéia criada a partir de uma resolução criada em 2002 pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente referente ao corte do pinheiro. “As pessoas acreditam até hoje que o pinheiro não pode ser cortado, então deixam de plantar, ou cortam quando ele está muito pequeno. Precisamos mudar essa mentalidade. Desde que sejam cumpridas as normas, a madeira do pinheiro pode ser aproveitada” explica Ferron. A campanha, destinada para aproximadamente seis mil professores e 360 mil estudantes também vai levar informações sobre o manejo e exploração da erva-mate, uma das principais espécies cultivadas nas pequenas propriedades rurais.  “Estamos trabalhando para criar um grande programa de educação ambiental” garante Roberto Ferron.

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