Glenda Mendes/ON
O êxito alcançado com a primeira edição do jornal escolar Bom Leitor, elaborado por alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Maria Catarina no ano passado foi motivador para seguir com o projeto este ano. Desta vez, a ideia é produzir duas edições, uma referente ao primeiro semestre de atividades e outra para o segundo semestre. Tal como no ano passado, as edições serão distribuídas para a comunidade.
De acordo com o projeto elaborado pela escola, a produção de novas edições do Bom Leitor servirá de subsídio para abordar princípios pedagógicos e de conhecimento para os alunos que apresentam déficit de interpretação, produção, ortografia e concordância. Além disso, como recurso didático, o jornal possibilita o trabalho com diversos textos, além de despertar as habilidades de produzir, pesquisar e interpretar, desenvolvendo a multidisciplinaridade, uma vez que envolve os estudantes na elaboração do jornal em todas as áreas do conhecimento.
O trabalho realizado pela escola na produção do jornal já vem ganhando reconhecimento, especialmente na comunidade em que a escola está inserida. “O projeto do jornal Bom Leitor está inserido nas atividades do apoio pedagógico de língua portuguesa, no Programa Mais Educação do MEC, auxiliando assim a prática da escrita e da leitura dos educandos que frequentam essa oficina. O Programa Mais Educação, viabiliza o oficina e disponibiliza a monitora Jéssica Adamy Ferreira, contribuindo com a professora na produção do Jornal”, salienta a professora de língua portuguesa, Cleusa Janete Girardi, que é uma das responsáveis pelo jornal.
Mais uma vez o projeto está sendo desenvolvido com os alunos que frequentam o apoio pedagógico em língua portuguesa que, em breve, estarão realizando visitas ao jornal O Nacional e contanto com o auxílio dos jornalistas, em especial, e de diversos outros setores da empresa.
“A Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Maria Catarina, ao desenvolver o projeto Jornal Escolar, através da produção dos alunos em língua portuguesa, visa dar qualidade ao aprendizado na leitura e na escrita, bem como vem oportunizar a toda comunidade escolar o acesso à informação, entretenimento, notícias e eventos que ocorrem na escola, através da leitura do Bom Leitor”, avalia a professora Claudia Maria de Almeida Valiati, responsável pelo projeto.
É hora de conhecer o jornal
A primeira edição do jornal Bem Leitor chegou às mãos da comunidade da Vila Ipiranga, onde a escola está localizada, na segunda quinzena do mês de novembro do ano passado. Com todos os textos produzidos pelos alunos e professores, a edição contou com o projeto gráfico de Pablo Tavares, que é também o responsável pelo projeto gráfico do jornal. E para aprender como são feitas as matérias em um jornal, os alunos contaram também com a colaboração dos jornalistas da Redação.
Primeiro, todos os alunos envolvidos no projeto fizeram uma vista à empresa, conheceram todos os setores e esclareceram as dúvidas sobre como é o trabalho do repórter. Depois disso, eles trabalharam como repórteres na comunidade e na escola, registrando os principais acontecimentos do bairro. Além disso, alguns dos jornalistas visitaram a turma, contando sobre a história como profissionais da comunicação e auxiliando diretamente na produção dos textos. E para finalizar o projeto, foi realizado um concurso para a escolha do nome do jornal. A sugestão “Bom Leitor” foi dada por dois alunos, que foram premiados com aparelhos de telefone celular da operadora Claro.
Mais Educação
Tanto a atividade do ano passado quanto a deste ano com o desenvolvimento do jornal, foram realizadas pela escola através do programa Mais Educação, do Ministério da Educação. O objetivo do programa é aumentar a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município no qual a escola está localizada.
Por esse motivo a área de atuação do programa foi demarcada inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), situadas em capitais e regiões metropolitanas.
Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.
(Fonte: Ministério da Educação)