Natália Fávero/ON
Os dois bebês que estão internados no Hospital São Vicente de Paulo não estão com gripe A. O resultado foi divulgado no final da tarde de ontem (09/06), pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital São Vicente de Paulo. As amostras coletadas dos bebês de dois e sete meses foram analisadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS). Já a Secretaria Estadual de Saúde confirmou a segunda morte em decorrência do H1N1 no Rio Grande do Sul. A vítima é um homem de 71 anos de Bagé. Especialistas enfatizam a importância da população se prevenir através da vacina para os grupos de risco e da conservação dos hábitos de higiene.
Até agora foram notificados 87 casos suspeitos da doença, com quatro confirmados e duas mortes. A última vítima fatal foi um homem, de 71 anos, diabético, residente em Bagé, que internou na Santa Casa do município no dia 03 de junho, foi transferido para a UTI no dia seguinte, vindo a falecer ontem. Na segunda-feira (06/06), uma mulher de 48 anos que morava em Anta Gorda faleceu na UTI do Hospital de Caridade de Três Passos.
Os outros casos confirmados são de uma gestante de 21 anos, internada em São Gabriel e de uma criança de um ano, de Camaquã, que já teve alta hospitalar. Nenhum dos pacientes que teve a doença fez a vacina.
Para discutir a situação atual e as medidas adicionais para o enfrentamento da gripe A, o secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni está convocando para segunda-feira (13/06) uma reunião extraordinária do Comitê Estadual de Enfrentamento da Influenza A H1N1.
No ano passado, o Estado não teve casos, porque 45% da população foi vacinada. Já em 2009, quando foi registrada a primeira onda da gripe A, foram confirmados 3.544 casos e 297 mortes.
Estoque de vacinas termina em Passo Fundo
As cerca de 33 mil doses da vacina destinadas para os grupos de risco de Passo Fundo acabaram. Com a demanda desses últimos dois dias, ontem (09/06) foram realizadas as últimas 300 doses. O município já atingiu a meta de vacinar no mínimo 80% da população considerada de risco.
Prevenção é o melhor remédio
O vice-diretor médico do Hospital São Vicente de Paulo e um dos homens da linha de frente no enfrentamento da gripe A, Júlio Stobbe, explicou que com o passar do tempo as pessoas acabam retornando a sua rotina e não incluem mais as medidas de prevenção como lavar as mãos frequentemente, utilizar o álcool gel, cuidados ao tossir e a realização da vacina. “A vacinação é importante porque previne a doença e evita que as pessoas adquiram os quadros mais graves da gripe. Ela também reduz a transmissão de uma pessoa pra outra em função da melhora da imunidade”, explicou Stobbe.
O médico salientou que a população deve ficar tranquila, mas os cuidados para prevenir a doença são essenciais para evitar tanto a gripe A, quanto a gripe sazonal e demais doenças virais e bacterianas. Ele acredita que não haverá um surto semelhante a 2009.
