?? grave estado de menino que se afoga em piscina

Vizinho retirou o garoto da água realizou os primeiros socorros e o encaminhou para o hospital

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Gerson Urguim/ON

É grave o estado de saúde do menino Rafael Tesser, de 3 anos, que se afogou no começo da noite de quarta-feira, no bairro Záchia. O menino estava boiando na piscina de uma propriedade particular próximo a Rua Francisco Dal Conte quando foi avistado por um homem que foi lavar o carro no local. Ele entrou na piscina rapidamente e retirou a criança. Depois disso fez massagem cardíaca, respiração boca a boca e levou o menino até o Hospital São Vicente de Paulo. A criança permanece internada em estado grave no CTI Pediátrico. No hospital, a guarnição da Brigada Militar fez contato com a avó da criança, que informou que o neto mora com a mãe e o padrasto, os quais são deficientes auditivos. Segundo ela, os pais não viram o menino sair. Ele estava em companhia de outro menino também de 3 anos, que é tio da vítima.

O homem que retirou Rafael da piscina percebeu primeiro que havia outro garoto bastante assustado ao lado da piscina, o que chamou-lhe a atenção. “O menino estava apavorado. Então fui ver o que estava acontecendo e vi o garoto boiando”, explicou Mateus Ferraz, de 39 anos. Segundo Mateus, o coração do menino não estava batendo no momento em que ele foi retirado da água. “Retiramos ele da água e retiramos a água da barriga e o coração dele não batia mais. Não quis esperar o Corpo de Bombeiros, coloquei ele dentro do carro e o levei ao hospital, já que ele não tinha fraturas e era possível remover. Quando peguei ele parecia que estava pegando meu filho, já que sou pai também. É dolorido. Deus ajude essa criança”, contou.

Procedimentos

De acordo com o tenente Paulo Roberto de Souza do Corpo de Bombeiros, nestes locais em que existe a possibilidade de afogamento é necessário que algumas precauções sejam tomadas. “É necessário que exista algo como uma cerca, que evite o acesso de uma criança ao local”, explicou.

O tenente também explicou os procedimentos adotados por Mateus no salvamento da criança. “Apesar de não saber a quanto tempo a criança estava dentro da água, foi importantíssimo o fato de os procedimentos terem sido executados. O organismo humano tem uma resistência que varia de três a cinco minutos sem oxigenação até a falência dos órgãos. Se levasse mais tempo, talvez a criança não sobrevivesse”. Ainda segundo o tenente, é necessário que, após os procedimentos de reanimação a vítima seja levada até um atendimento médico especializado, o que foi feito.
O estado de saúde da criança ainda era grave até o fechamento desta edição e ela continuava internada no CTI Pediátrico do Hospital São Vicente de Paulo, respirando por aparelhos e em coma induzido.
A piscina existente na propriedade onde ocorreu o acidente é utilizada no período de inverno para a criação de peixes.

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